Apesar de acusação de funcionária, polícia não ouviu irmã de pecuarista
Mulher foi acusada de encomendar um "susto" contra a irmã que acabou morta durante assalto
Apesar de Jéssica Neves Antunes, empregada de Andreia Aquino Flores, citar a irmã da pecuarista em depoimento, a polícia não vê necessidade de chamar a mulher para prestar esclarecimentos.
Por enquanto, o foco da equipe de investigação é analisar o material que já possui em mãos e estudar se há envolvimento de mais pessoas, além de Pedro Benhur, no crime de latrocínio.
"Ela só será chamada se for necessário, de acordo com as investigações nós vamos ouvir quem for preciso, estamos verificando o material que temos", disse o delegado Francis Flávio Freire ao Campo Grande News.
Jéssica, filha da governanta Lucimara Rosa Neves, garantiu que a irmã da vítima ofereceu R$ 50 mil para que elas dessem “um susto” em Andreia e, assim, a fizessem assinar documento relativo a um acordo que envolvia gado.
Ação na Justiça- O entrave judicial entre as duas trata justamente sobre isso e deveria ter sido sanado no último dia (20), quando a irmã teria de entregar à Andreia 1.791 cabeças de gado avaliadas em R$ 5,5 milhões.
Uma ação que tramitava em Ponta Porã e teve sentença em abril de 2021, estabelecia que a irmã entregasse 33,3% do rebanho de uma das fazendas da família. O gado teria sido remanejado do local por ela e não entregue à Andreia.
O processo de cobrança foi protocolado em março deste ano, data em que, segundo a defesa da pecuarista, a questão ainda não havia sido resolvida. O acordo não cumprido era fruto do espólio do pai de ambas, Ocídio Pavão Flores, morto em janeiro de 2013 vítima de infarto.
Dias depois, juiz Adriano da Rosa Bastos ordenou que a irmã fosse intimada a cumprir sentença a favor de Andréia, sob risco de busca e apreensão.
Boatos- Assim como a informação de que a irmã de Andreia pudesse ter 'encomendado' um susto às empregadas, o delegado declarou como inexistente o caso entre a patroa e Lucimara, episódio que classificou como "fofoca de condomínio", e pediu que informações desencontradas parem de ser veiculadas porque podem atrapalhar as investigações.