Após ataque, entidades cobram câmeras de monitoramento em bases da PM
Após ataque a uma base do pelotão da Polícia Militar no bairro Moreninhas, em Campo Grande, representantes dos servidores da segurança querem a implantação de sistema de videomonitoramento nas unidades policiais do Estado.
A sugestão foi feita na tarde de ontem (3) durante reunião com o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Francisco Brasil Jacini. Segundo Edmar Soares da Silva, presidente da ACS (Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de Mato Grosso do Sul), a ideia foi bem recebida pelo titular da pasta.
“A intenção é implantar câmeras de monitoramento externo primeiramente em Campo Grande, onde ocorreu o ataque mais recente, principalmente na região de periferia, e depois no restante do Estado”, aponta.
O objetivo é inibir ações criminosas como a que ocorreu na noite do último dia 27 de novembro, no Pelotão Moreninhas, quando uma dupla em uma motocicleta atirou uma granada contra a base. O artefato não chegou a explodir.
Jacini pediu aos representantes que “levantem as necessidades” das unidades policiais de Campo Grande. A partir da próxima segunda-feira, ACS, ABSS (Associação Beneficente dos Subtenentes e Sargentos), Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis) e Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária), que também participaram da audiência, vão percorrer as dezenas de bases policiais de Campo Grande para observar a estrutura e apontar possíveis melhorias.
A reunião foi convocada na última sexta-feira para levar ao conhecimento dos servidores as medidas que vêm sendo adotadas para coibir possíveis ações criminosas em Mato Grosso do Sul. No encontro, Jacini garantiu que o Estado está livre de ataques, como os que vêm ocorrendo em São Paulo e Santa Catarina.
A granada foi jogada por volta das 20h do dia 27 deste mês, na frente do prédio do Pelotão do 3º Comando da PM , que fica na rua Anacá, nas Moreninhas. Apesar de acionada, ela falhou e não explodiu. O explosivo foi detonado no local pela Cigcoe (Companhia de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) aproximadamente à meia-noite, pois a remoção do material para outro local era muito arriscada.