Após cobrança de professores, prefeitura muda edital e limita seleção
Antes aberto para qualquer pessoa com Ensino Médio completo, processo agora exige formação em Educação
A prefeitura de Campo Grande alterou e republicou edital de processo seletivo para contratar 200 assistentes de educação inclusiva para escolas municipais. O texto anterior exigia apenas Ensino Médio completo para participar, mas, após cobrança do ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), foi incluída formação específica no Curso de Magistério, completo ou até o nível Normal Médio, como requisito.
O processo seletivo visa contratar 200 assistentes de educação inclusiva para auxiliar pessoas com deficiência no processo de aprendizado e socialização das escolas municipais. O regime de trabalho é de 40 horas, pelo período de 12 meses e com salário de R$ 1.950,00.
As inscrições ficam abertas a partir das 10h de amanhã, dia 2 de julho, até 17h do dia 3 de julho, neste site. A seleção será por meio de prova de títulos.
Segundo o presidente do ACP, Lucílio Souza Nobre, o sindicato se reuniu com a Semed (Secretaria Municipal de Educação) na manhã de ontem, três dias após a primeira publicação do edital. A entidade contestou os requisitos e teve pedido para mudança acatado pela pasta. O texto corrigido foi publicado na edição de hoje do Diogrande (Diário Oficial do Município).
“Foi uma reunião tensa, muito dura. Defendemos que, independentemente de ser aluno com ou sem deficiência, tem que ter a melhor condição possível. Não podemos ser intransigentes e atribuir funções do magistério para quem não é do magistério. Se quiser lecionar tem que ter formação na área”, contou.
O processo seletivo será organizado por comissão composta por integrantes da Seges (Secretaria Municipal de Gestão) e da Semed.
Além do auxílio pedagógico, os assistentes selecionados vão também ajudar nas necessidades específicas de cada aluno, sejam elas de locomoção, higiene, alimentação e/ou particularidades na socialização das crianças e jovens.
Entre as exigências, o profissional ficará responsável por organizar as estratégias e os recursos a partir das necessidades específicas descritas no estudo de caso do aluno. Assim, cada aluno terá plano educacional individualizado, feito pelo assistente, com base no planejamento do professor regente.