Após confusão na 6ª, comandante da PM pede troca de uniforme da Guarda
O coronel Deusdete de Oliveira, comandante-geral da Polícia Militar em Mato Grosso do Sul, protocolou ofício solicitando mudança nos uniformes da Guarda Civil Municipal. A medida é para que não haja outros mal-entendidos como o de sexta-feira passada, quando um homem foi agredido no Centro de Campo Grande, mas não soube apontar com clareza se os autores eram guardas ou policiais, devido à semelhança nas cores e traços das fardas.
Na ocasião, dois guardas municipais foram detidos pela PM sob suspeita de agressão, e levados até a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário). No entanto, a vítima, enquanto recebia atendimento médico, reconheceu os guardas como agressores, mas também teria apontado um policial militar como suspeito, causando estranheza. As duas entidades apuram internamente o caso e os detidos já foram liberados.
Deusdete alega que, por amparo legal (Decreto Estadual 1.095 de 12 de junho de 1.981), a PM tem o direito de usar a azul-marinho e por esta razão, sugere de maneira amistosa que a Guarda mude sua cor, que é a mesma. O ofício solicitando a mudança foi encaminhado nesta semana à Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública), para que seja entregue à Secretaria Municipal de Segurança Pública. “Temos uma boa parceria com a Guarda e esperamos que seja feita alguma alteração no tom da cor ou modelo, o quanto antes, para que ambas as entidades sejam reconhecidas com mais facilidade”, disse o coronel.
Por outro lado, a Guarda se baseia no Decreto 12.407, de 23 de julho de 2014, que regulamento o uso de uniformes e equipamentos. No anexo único, página 02 do Diogrande 4.068, consta que os guardas operacionais devem utilizar gorro, gandolas e calças na cor azul-marinho.
De acordo com o secretário municipal de segurança pública Valério Azambuja, desde que assumiu a pasta em janeiro, é feito estudo para alterar as fardas ainda neste ano, independente da confusão da semana passada. Há três modelos que estão sendo avaliados, mas ainda é preciso aprofundar melhor nesta análise. “Buscamos algo único que não se confronte com o uniforme usado por nenhuma outra força de segurança, mas que também respeito nosso regulamento”, explicou.