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Capital

Após escândalo, luta contra o câncer ganhará reforço em junho

Aline dos Santos | 24/03/2013 07:59
Centro de diagnóstico é construído na Ernesto Geisel. (Foto: Vanderlei Aparecido)
Centro de diagnóstico é construído na Ernesto Geisel. (Foto: Vanderlei Aparecido)

A inauguração de um centro de diagnóstico e a chegada de uma unidade móvel vão reforçar, a partir de junho, a luta contra o câncer em Campo Grande. Ambos são fruto da doação de R$ 12 milhões feita pelo pecuarista Antônio Moraes dos Santos.

O centro, que é construído na avenida Ernesto Geisel, após o HR (Hospital Regional) Rosa Pedrossian, fará exames laboratoriais e procedimentos de pequenos portes. Já a carreta vai rodar os bairros de Campo Grande realizando exames preventivos.

A unidade móvel, montada pelo Hospital de Câncer de Barretos, já está pronta, inclusive foi visitada pelo ex-presidente Lula (PT), e vai entrar em funcionamento logo que o centro for inaugurado. O hospital monta as carretas, dotando cada laboratório sobre roda com equipamentos para diagnóstico de câncer de mama, pele e próstata.

A doação milionária foi oficializada em agosto de 2011, com a presença do presidente do Hospital do Câncer de Barretos, Henrique Prata. Na ocasião, o pecuarista declarou que há muito tempo queria fazer um hospital do câncer para atender a população menos favorecida. O foco do atendimento será na prevenção.

Carreta chega em junho a Campo Grande
Carreta chega em junho a Campo Grande

Em 2010, Antonio Moraes doou R$ 15 milhões para o Hospital do Câncer de Campo Grande, administrado pela Fundação Carmen Prudente. Passado um ano, ele desistiu do projeto. A principal exigência não atendida pela direção foi a garantia de que o prédio não pudesse ser usado para outra finalidade, nem vendido ou penhorado.

Na última semana, o Hospital do Câncer da Capital entrou na mira do MPE (Ministério Público Federal) e da PF (Polícia Federal). Foi pedido à Justiça o afastamento da direção. Dias depois, a operação Sangue Frio apreendeu documentos na unidade hospitalar.

A direção acabou afastada por decisão administrativa do Conselho Curador. Conforme denúncia do Ministério Público, o médico e ex-diretor-geral do hospital, Adalberto Abrão Siufi, fez manobra privilegiar a empresa Neorad, do qual é um dos donos.

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