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Capital

Após furto e fogo em loja, ladrões tentam impor "toque de recolher"

Alan Diógenes | 06/01/2015 10:15
Ladrões invadiram a loja, de cor vermelha, levaram objetos e ainda atearam fogo no local. (Foto: Alan Diógenes)
Ladrões invadiram a loja, de cor vermelha, levaram objetos e ainda atearam fogo no local. (Foto: Alan Diógenes)

Após ladrões terem furtado e incendiado uma loja de celulares na Rua 15 de Novembro, no final da tarde de domingo (4), os comerciantes estão alarmados com a onda de crimes na região. Conforme moradores e proprietários de loja já existe até “toque de recolher” imposto pelos criminosos.

É o que conta a dona de casa Suzy Santos, de 51 anos, que mora há anos no local. “Eles passam por aqui e mandam todo mundo entrar para casa e fechar as portas do comércio. Não tem como bater de frente com eles, porque a gente tem medo. Aqui na rua existia um prédio onde tingiam tecidos, ele foi demolido e os meliantes usam o terreno baldio para fazerem uso de drogas”, comentou.

A proprietária do comércio de roupas ao lado da onde a loja foi queimada, disse que o mesmo local já havia sido assaltado há dois meses. “Em cima dessa loja existia um hotel que foi desativado. Usuários de drogas usam o local para dormir. Foi por lá que eles fizeram o buraco para entrar na loja pelos fundos. Ao lado funcionava um casa lotérica também, mas os donos foram assaltados duas vezes, não aguentaram e fecharam o estabelecimento”, explicou Ana Francisca do Carmo, 32 anos.

Na loja dela, as funcionárias estavam aromatizando as roupas que estavam com cheiro de fumaça do incêndio. Ana ficou sabendo do caso através da matéria publicada pelo Campo Grande News. “Quando li a matéria saí correndo achando que pudesse ser minha loja. Quase que o incêndio atingiu a estrutura da minha loja. Esses ladrões aproveitam o período noturno e os finais de semana para atuarem”, comentou.

Para o dono de uma loja de assistência técnica, José Rogério, 57, deveria haver mais policiamento na região. “Existem muitos prédios antigos que servem como moradia de andarilhos. Deveria haver um policiamento mais ostensivo por aqui. Durante a noite, a polícia vai para os bairros e esquecem do Centro da Capital”, mencionou.

A vendedora Tati Acosta, 26 anos, que trabalha em uma outra loja localizada na rua, falou que presenciou um assalto em frente do lugar. “Dois rapazes passaram em uma motocicleta e puxaram a bolsa e o celular de uma senhora que estava na calçada. Eles foram tão violentos que quase deixaram a mulher pelada. Nós aqui da loja que demos apoio a ela. Precisamos de mais segurança por aqui”, finalizou.

José disse que prédios abandonados na rua servem como moradia de andarilhos. (Foto: Alan Diógenes)
José disse que prédios abandonados na rua servem como moradia de andarilhos. (Foto: Alan Diógenes)
No local, ainda existe celulares e objetos que foram destruídos pelas chamas. (Foto: Alan Diógenes)
No local, ainda existe celulares e objetos que foram destruídos pelas chamas. (Foto: Alan Diógenes)
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