Após manifestação, Secretaria garante ter condições de atender autistas
Conforme a Semed, a rede conta com mais de 1,1 mil profissionais de apoio para crianças com deficiências
Após manifestação de mães que se uniram na última terça-feira (30), em frente ao Paço Municipal reivindicando atendimento para crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista) nas unidades escolares da rede pública, a Semed (Secretaria Municial de Educação) alegou ter condições necessárias para atender crianças com deficiências.
Nesta quinta-feira (1º), a equipe de reportagem esteve na Escola Municipal Professora Oneida Ramos, no bairro Jardim Campina Verde, para acompanhar o trabalho desenvolvido com os alunos, à convite da secretaria.
"Todas as unidades escolares estão preparadas para receber os alunos com algum tipo de deficiência e todos os alunos têm o devido acompanhamento", defendeu a Semed, enfatizando que a Reme conta com mais de de 1,1 mil profissionais de apoio, aqueles que ficam junto do estudante durante às aulas.
A lei estabelece que cada profissional de apoio acolha até seis alunos, mas a Secretaria ressalta que na prática, o monitor chega a fazer o acompanhamento com até três estudantes.
Além do quadro, há um processo seletivo em andamento para suprir profissionais que tenham solicitado afastamento ou desligamento nos últimos meses.
Mesmo com o atendimento do professor e do profissional de apoio durante as aulas, Andreia Barbosa Mateus, da Equipe técnica de atendimento educacional especializado, conta que a Reme possui 69 salas de recursos multifuncionais, parar efetivar o trabalho com as crianças nas unidades.
"Essa é uma sala de recursos para o aluno fazer o atendimento contra turno. Aqui não tem tarefa, nós trabalhamos as habilidades emocionais, cognitivas, sociais, atividades práticas, coisas diferentes do que é realizado em classe para que ele se desenvolva e possa fazer parte da sociedade num todo", explica Andreia
Protesto- O ato em frente à prefeitura teve 25 pessoas, entre mães, filhos e alguns pais, que levantavam cartazes e reivindicavam melhor estrutura. Entre uma placa e outra, manifestantes diziam que “profissional capacitado é lei e não um favor”, enquanto outro questionava "prefeita, as mães querem saber porque não está havendo inclusão".
Na ocasião, um homem de 33 anos, pai de uma criança de 4 anos, que estuda em uma Emei (Escola Municipal de Educação Infantil) no Jardim Tijuca, disse que desde a retomada das aulas em julho, não há profissionais especializados para atendimento.