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Capital

Aposentado contratou "Pedreiro Assassino" para fazer calçada e acabou morto

A vítima foi encontrada em poço desativado de cerca de 10 metros, nos fundos da casa onde vivia, na Rua Netuno

Viviane Oliveira e Clayton Neves | 16/05/2020 12:47
Movimentação de bombeiros, péricia e policiais no local onde o corpo foi encontrado em poço desativado (Foto: Kisie Aionã)
Movimentação de bombeiros, péricia e policiais no local onde o corpo foi encontrado em poço desativado (Foto: Kisie Aionã)

O aposentado Timóteo Pontes Romã, 62 anos, encontrado morto no fim da manhã deste sábado (15), em poço desativado de cerca de 10 metros, nos fundos da casa onde vivia, na Rua Netuno, Vila Planalto, em Campo Grande, havia contratado o pedreiro Cleber de Souza Carvalho, 43 anos, para fazer uma calçada. Os bombeiros montaram uma operação para retirar o copo do poço. Cleber está no local e acompanha os trabalhos dos militares.

Segundo os vizinhos, mesmo aposentado, o idoso fazia bicos em supermercado. Recentemente, Timóteo havia recebido acerto rescisório de um supermercado localizado na Avenida Tamandaré. Eles acreditam que a vítima foi morta pelo pedreiro por causa do dinheiro. O valor não foi informado.

Os moradores contaram que começaram a sentir falta da vítima há cerca de dez dias. Antes disso, conforme testemunhas, Timóteo havia contratado Cleber, o “Pedreiro Assassino”,  para fazer uma calçada em sua casa. Os dois já se conheciam do bairro. “Todos os dias ele saía para ir ao posto de saúde. Também era sempre visto no ponto de ônibus quando ia para o trabalho. De repente desapareceu", contou o funcionário público Roberto Soares, 34 anos.

Timóteo em momentos de lazer pousando para foto  (Foto: reprodução/Facebook) 
Timóteo em momentos de lazer pousando para foto  (Foto: reprodução/Facebook)

Ontem, os vizinhos sentiram um forte odor vindo da casa de Timóteo e acionaram a polícia. Os policiais desconfiaram de Cleber pela proximidade da casa da vítima com a do autor e entraram em contato com a DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios).

O pedreiro foi tirado da cela e ao ser questionado sobre o fato acabou confessando mais um caso, que já são 7 no total. Timóteo, assim como as outras vítimas, foi assassinado com uma pancada na cabeça. A polícia ainda não confirmou se o motivo para o crime tem relação com dinheiro.

Perplexos, os vizinhos lamentam a morte do idoso e relembram que a vítima gostava de conversar principalmente quando o assunto era sobre os times do coração: operário e flamengo. “Não dá para acreditar”, lamenta uma das testemunhas. Os moradores da região também conheciam Cleber do bairro. “Ele era uma pessoa normal”, disseram. A Polícia Civil disponibilizou uma número de Whats para denúncias que possam levar a outras vítimas de Cleber, o (67) 99238-4923. Para enviar mensagens clique aqui.

Caso -  O pedreiro foi preso ontem (16), por volta das 2h da madrugada, por equipes do Batalhão de Choque da Polícia Militar, no Bairro Campo Belo, região norte da Capital. Estava na casa de um parente, onde ficou escondido desde quando foi descoberto o assassinato de José Leonel Leonel Ferreira dos Santos, 61 anos, encontrado debaixo da terra, na própria casa, na Vila Nasser, no último dia 7.  Desde então já foram descobertas sete vítimas, mortas e enterradas pelo pedreiro. Na maioria dos casos, ele matava idosos, por brigas por imóveis e veículos.

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