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Capital

Assassino de Kauan, professor é condenado a pagar 100 mil à vítima

Menino de 13 anos será indenizado em R$ 100 mil, por danos morais

Kerolyn Araújo | 11/12/2020 12:40
Deivid, acusado de matar a criança, durante reconstituição do crime em agosto do ano passado (Foto: Arquivo/André Bittar) 
Deivid, acusado de matar a criança, durante reconstituição do crime em agosto do ano passado (Foto: Arquivo/André Bittar)


Condenado a mais de 66 anos de prisão pela morte de Kauan Andrade Soares dos Santos, 9 anos, e outros casos de estupro e exploração sexual, o professor Deivid Almeida Lopes foi condenado a indenizar outra vítima, de 13 anos, em R$ 100 mil por danos morais. A sentença é da 4ª Vara Cível de Campo Grande

O caso veio à tona em 2017, com o desaparecimento de Kauan. O professor, na época com 38 anos, convidava crianças e adolescentes para fazer visitas em sua casa, no Coophavila. No local, ele exibia filmes pornográficos e oferecia dinheiro em troca de relações sexuais com as vítimas.

Após a polícia chegar ao professor durante investigações do desaparecimento de Kauan, outras vítimas procuraram a polícia para denunciar Deivid, entre elas um menino de 13 anos, representado pelos pais.

A família pediu indenização de R$ 100 mil, por danos morais. Além dos abusos físicos, o menino também ficou com sequelas psicológicas.

Nesta semana, a juíza titular da 4ª Vara Cível de Campo Grande, Vânia de Paula Arantes, condenou Deivid ao pagamento. Segundo a magistrada, apesar de ter negado o crime e alegado que o valor pleiteado seria abusivo e ilegal, "ficou comprovado nos autos penais o crime ocorrido".

Caso Kauan – O menino desapareceu em junho de 2017. Conforme relato de quatro adolescentes, com idades entre 14 de 16 anos, principais testemunhas do crime, o menino foi violentado, antes e depois da morte, e esquartejado por Deivid no dia 25 de junho do ano passado.

Os garotos, que revelaram também serem estuprados com frequência pelo professor e que recebiam valores entre R$ 5 e R$ 15 para praticarem sexo com o acusado.

Os adolescentes contaram ainda à polícia que foram obrigados a praticar necrofilia (sexo com cadáver) e testemunharam o indiciado esquartejar o corpo de Kauan. Os restos mortais do menino teriam sido espalhados pelo rio Anhanduí. “Por isso, a possibilidade de encontrar alguma coisa é remota”, chegou a dizer o delegado responsável pelo caso, Paulo Sérgio Lauretto.


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