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Capital

Assessora nega vacinação indevida e questiona denúncia de jornalista

João Humberto | 14/06/2016 16:09
Assessora de imprensa da prefeitura de Campo Grande foi convocada para prestar depoimento na 1ª Delegacia de Polícia Civil e desmentiu acusação de jornalista (Foto: João Humberto)
Assessora de imprensa da prefeitura de Campo Grande foi convocada para prestar depoimento na 1ª Delegacia de Polícia Civil e desmentiu acusação de jornalista (Foto: João Humberto)

A jornalista Márcia Scherer, que integra a equipe da assessoria de imprensa da Prefeitura de Campo Grande, nega ter sido vacinada dia 18 de maio no gabinete do prefeito, Alcides Bernal (PP). Ela disse que vai registrar boletim de ocorrência por calúnia e danos morais contra o jornalista Carlos Roberto Pereira, que denunciou a vacinação de 35 pessoas, entre integrantes do alto escalão, como o próprio prefeito e secretários, além de assessores, dois vereadores e familiares.

Márcia conversou com o Campo Grande News antes de prestar depoimento ao delegado Fabiano Nagata, na 1ª Delegacia de Polícia Civil da Capital, na tarde desta terça-feira (14). Desmentiu a acusação feita por Carlos Roberto e assegurou que a “falsa” denúncia do jornalista “tem cunho meramente político”.

A assessora de imprensa da prefeitura estava acompanhada do advogado Luiz Carlos Bueno e declarou não ter se imunizado nem na rede particular. “Eu não tomo vacina e minha família também. Não temos esse hábito”, afirmou.

Márcia desafiou Carlos Roberto a provar as acusações feitas. A denúncia de crime de peculato foi registrada no dia 3 de junho e o jornalista alega ter provas. Ele conta que no mesmo dia tentou imunizar a sobrinha, de 22 anos, que está em tratamento contra o câncer e por isso se enquadra no grupo prioritário, mas recebeu informação de que não haveria mais vacina na rede pública de saúde.

Carlos também acionou os ministérios públicos Estadual e Federal. O caso ainda é investigado na CPI (Comissão Parlamentar de Investigação) da Câmara de Vereadores, que apura o sumiço de vacinas.

Ao Campo Grande News, a prefeitura alegou que Carlos “tem motivação política, inclusive esteve na Câmara Municipal fazendo denúncias contra o prefeito sem nenhuma comprovação”. A prefeitura diz que não há fundamentos para a denúncia e aponta “onda de boatos sobre sumiço de vacinas” lembrando que foi instaurada sindicância pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) para apurar o caso.

Favorecimento negado – Na manhã de hoje (14), o delegado Fabiano Nagata ouviu depoimento da gerente técnica do serviço de imunização da Sesau, Cássia Tiemi Kanoaka. Ela negou veementemente qualquer favorecimento contra o vírus H1N1 e disse que a denúncia de que teria facilitado a imunização das 35 pessoas no gabinete do prefeito trouxe a ela danos pessoais e por isso vai tomar “todas as medidas cabíveis”.

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