Sem doses extras, vacinação prioritária contra a gripe é mantida
Gerente de imunização disse que se município recebesse um novo lote seria possível atender doentes crônicos, que continuam procurando os postos atrás de vacina contra a influenza
Com pelo menos 25 casos confirmados de gripe H1N1 e duas mortes ocorridas nos últimos dez dias, o município de Dourados, a 233 km de Campo Grande, ainda não sabe se receberá doses extras da vacina contra a influenza, como ocorreu na Capital.
A gerente de imunização da Secretaria de Saúde de Dourados, Carla Cristina Ribeiro da Silva, disse hoje (14) ao Campo Grande News que já foi feito contato com o núcleo regional da Secretaria Estadual de Saúde, mas até agora não existe uma resposta se o município terá mais doses.
Segundo ela, mesmo sem receber as doses extras, o município mantém a vacinação de crianças menores de cinco anos, idosos e gestantes. “Crianças e idosos ainda podem encontrar a vacina em duas unidades. Todas as demais ainda têm algumas doses, mas apenas para atender gestantes”.
Os postos onde idosos e crianças menores de cinco anos ainda podem ser vacinadas são o da Vila Rosa, região norte da cidade, e da Seleta, localizado no Jardim Flórida, região oeste.
Cobertura – As gestantes e mulheres que tiveram bebê a menos de 45 dias foram as que menos procuraram os postos de saúde de Dourados durante a campanha de vacinação contra a gripe, encerrada no dia 20 de maio. Das 2.838 gestantes da cidade que deveriam tomar a vacina, apenas 52% foram imunizadas. Entre as puérperas, a cobertura foi de 58,24%.
Entre as crianças de seis meses a menores de cinco anos, a cobertura ficou em 67%. A cobertura também não atingiu o número esperado entre a população indígena. Apenas 72% do total esperado foi vacinado até o dia 20 passado.
Doentes crônicos – Segundo Carla Ribeiro da Silva, se o município recebesse um lote extra de vacinas seria possível atender pessoas com doenças crônicas, que continuam procurando os postos para se imunizarem contra a influenza.
São consideradas pacientes de doenças crônicas as pessoas com cardiopatias, pneumopatias, hepatopatias, nefropatias e diabetes, além de pacientes classificados como imunodeprimidos, ou seja, que possuem o sistema imunológico debilitado devido à existência de doenças como câncer, HIV/Aids, imunodeficiências congênitas ou pelo fato de terem se submetido a algum tipo de transplantes de órgãos ou de medula.
Conforme o Ministério da Saúde, a população que possui algum tipo de doença crônica está mais suscetível a desenvolver casos mais graves da gripe, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave.