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Capital

Associação tenta soltar PMs presos, enquanto colegas mantêm protestos

Waldemar Gonçalves e Alan Diógenes | 21/01/2016 15:48
Policiais na frente de presídio onde colegas PMs estão presos (Foto: Fernando Antunes)
Policiais na frente de presídio onde colegas PMs estão presos (Foto: Fernando Antunes)

Representantes da ACS (Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar) estão na tarde desta quinta-feira (21) no TJ (Tribunal de Justiça), onde tentam reverter as prisões preventivas de três policiais militares, decretada mais cedo após audiência de custódia. Na porta do Presídio Militar Estadual, cerca de 30 colegas de farda fazem uma espécie de vigília na expectativa da liberação dos PMs.

Segundo Amaury Braga, diretor de subtenentes e sargentos da ACS, os policiais militares estão sem direito a visita. A entidade, assim como os colegas que participam da manifestação, contesta as prisões, as quais alegam ser ilegais.

“Como que pode, um policial sai para trabalhar e depois é tratado como bandido, e o bandido sendo tratado como rei”, diz Amaury Braga. A prisão ocorreu porque os policiais teriam agredido um adolescente, após uma perseguição.

O flagrante foi feito pela Corregedoria da PM, no dia 19. O corregedor adjunto, José Gomes Braga, disse ontem (20) que os PMs cometeram excesso.

Segundo o diretor da ACS, no entanto, o fato de o adolescente ter passagens por atos infracionais, além de o pai ter problemas com a Justiça, enfraquece a versão da suposta vítima. “A Corregedoria só levou em conta depoimento da família, não o que os policiais falaram. O procedimento correto seria abrir uma investigação. Nem a perícia constatou agressão, não houve testemunhas, só pessoas dizendo que ouviram gritos”, contesta Amaury Braga.

Até o fechamento deste texto, não havia informação sobre eventual nova decisão judicial em relação às prisões. A promessa dos colegas é manter protestos contrários ao procedimento, caso os policiais não sejam soltos.

Não gostaram – Pela manhã, na frente do Fórum da Capital, onde foi a audiência de custódia, também houve protestos. A reportagem do Campo Grande News flagrou policiais civis usando uma viatura da corporação para participar do ato, procedimento desautorizado pela própria diretoria da Polícia Civil, que prometeu investigar a situação.

Os manifestantes não gostaram de a possível irregularidade ter sido noticiada pelo jornal. Desde então, jornalistas têm sido hostilizados ao fazerem a cobertura dos protestos e das prisões, inclusive com ligações telefônicas em tom de ameaça e tentativas de coibir o acompanhamento do caso.

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