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Capital

Bloqueio de bens paga rombo de R$ 30 milhões deixado pela Homex, diz CPI

Zana Zaidan | 28/04/2014 16:32
CPI da Homex foi concluída e relatório que aponta responsabilidades é lido pelos vereadores
CPI da Homex foi concluída e relatório que aponta responsabilidades é lido pelos vereadores

O bloqueio imediato dos bens da construtora Homex será suficiente para por ao fim ao calote que a mexicana deu em fornecedores, trabalhadores e mutuários de Campo Grande. O parecer é do vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), que relatou a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) cujo relatório que apontas os responsáveis é lido hoje (28). na Câmara de Vereadores.

Conforme o vereador, a dívida da empresa na Capital chega a R$ 30 milhões, considerados juros e correções, e abrange empresas e trabalhadores contratados para execução das obras, os próprios mutuários que adquiriram apartamentos que não foram entregues. Somente com a prefeitura, a dívida apurada é de R$ 4 milhões, já que a Homex não cumpriu as contrapartidas contratuais para se instalar na cidade, como a construção de uma escola e uma creche no bairro.

Ao mesmo tempo, a Homex possui terrenos no bairro Paulo Coelho Machado, adquiridos para construção dos imóveis, que também são avaliados em torno de R$ 30 milhões. Como a empresa não construiu todas as unidades habitacionais prometidas, os terrenos podem servir como garantia do pagamento da dívida.

Apartamentos no Paulo Coelho não foram entregues e  empresas tomaram calote (Foto: Arquivo)
Apartamentos no Paulo Coelho não foram entregues e empresas tomaram calote (Foto: Arquivo)

“A Homex ocupou 25% dos terrenos adquiridos. Com a valorização da região, hoje chegam a valer R$ 30 milhões e se esses bens forem seqüestrados, vai garantir o pagamento dos credores”, aponta o relator da CPI como solução.

Outro pedido, este direcionado à Caixa Econômica Federal, é o bloqueio do repasse de valores dos financiamentos feitos pelos compradores dos imóveis vendidos e não entregues.

As solicitações foram apontadas no relatório como “de urgência” e “imprescindíveis para garantir às vítimas parte do que têm direito”. O documento com as medidas será encaminhado aos Ministérios Público Estadual, Federal e do Trabalho, Polícia Federal e Caixa Econômica.

O relatório é lido na Câmara de Vereadores pelo relator, junto com os vereadores Alceu Bueno (PSL), presidente da CPI, e os demais integrantes, Ayrton Araujo (PT), Otávio Trad (PT do B) e Edson Shimabukuro (PTB).

Concluída a leitura, os parlamentares votam aprovando, ou não, o relatório do relator.

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