Caminhada contra a violência leva 2 mil para a Afonso Pena
Cerca de 2 mil pessoas participam da caminhada da paz na avenida Afonso Pena, em Campo Grande, de acordo com a Ciptran (Companhia Independente de Policiamento de Trânsito).
A mobilização “Eu não quero ser o próximo” foi organizada na rede social Facebook. Os participantes seguirão até a praça Ary Coelho, no centro da cidade.
A manifestação surgiu após o sequestro e assassinato dos universitários Breno Luigi Silvestrini, de 18 anos, e Leonardo Batista Fernandes, 19 anos, na última quinta-feira (30) quando os jovens foram abordados na saída de um bar.
Os pais dos estudantes estão à frente da caminhada. A manifestação também levou para a rua autoridades como o juiz Odilon de Oliveira e o desembargador Eduardo Contar.
Jovens, a maioria que não conhecia os estudantes, foram os responsáveis pela organização. Entre eles, o clima é de revolta por um crime tão cruel. “Nós queríamos que tivesse essa proporção, mas não imaginava que teria tanta gente”, disse uma das mentoras da ação, Tainá Benato Flores, 19 anos.
A jovem explicou que a intenção da passeata é chamar a atenção para a falta de segurança pública. Frequentadora do bar 21, onde os jovens foram sequestrados, Tainá confirma que ao redor do bar é perigoso.
“Falta iluminação pública e segurança. Mas acredito que o pior problema é a impunidade. A lei não funciona no Brasil”.
No início da caminhada, os participantes deram aos mãos e rezaram a oração do pai-nosso. Muitos carregam cartazes pedindo o fim violência e clamando por paz.
Com uma pista interditada, a Agetran (Agência Municipal de Trânsito) organiza o fluxo de veículos no local.
Familiares de José Eduardo Menegat Tavares Manzione, 15 anos, que morreu no ano passado em um acidente de carro, na avenida Redentor, também participam da manifestação.