Capital já enfrenta epidemia de dengue, alerta Saúde
Uma morte e 3.384 casos de dengue foram registrados no município em 2023
Nota técnica da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) aponta que Campo Grande já enfrenta epidemia de dengue. O limite na incidência de casos para considerar que a doença chegou a nível descontrolado foi atingido em janeiro. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (29).
De acordo com a pasta, um óbito e 3.384 casos de dengue foram registrados no município entre 1º de janeiro a 25 de março de 2023.
A reportagem tentou contato com o secretário de Saúde, Sandro Benites, mas ele estava em reunião e não pôde atender às ligações antes da publicação desta matéria.
Segundo a assessoria de imprensa da Sesau, este cenário ainda está em observação. "A nota técnica serve para redobrar os cuidados. O município já atua e relaciona os dados ao aumento nos atendimentos nas unidades de saúde, onde cerca de 20% deles são relacionados à doença".
A gestão ressalta que o município realiza ações desde o ano passado, como o "Mosquito Zero", que percorreu seis regiões da cidade e atendeu mais de 319 mil imóveis.
Conforme noticiado pelo Campo Grande News, os casos de dengue aumentaram sete vezes no âmbito estadual. 16.723 casos prováveis da doença foram notificados no boletim epidemiológico da 11ª semana do ano, que contabilizou sete óbitos.
Dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, a situação é grave em ao menos 45, que registram alta incidência. As maiores taxas estão em Batayporã (3.630,3); Alcinópolis (3.581,3) e Bodoquena (3.215,1). Cinco cidades estão com o valor na taxa dos 2 mil: Jaraguari (2.808,0); Antônio João (2.572,1); Itaporã (2.555,4); Corumbá (2.322,0) e Ladário (2.076,9).
Casos confirmados - Três Lagoas lidera o número de casos confirmados da doença, dos 7.988, o município da região do Bolsão soma 711. Na sequência, vem a Capital com 408. Abaixo vem Bonito (373), Bela Vista (361), Batayporã (336) e Maracaju (334).
A dengue, zika e chikungunya são três doenças transmitidas pelo mesmo vetor. A melhor forma de combater o aumento de casos é a eliminação dos focos de reprodução do mosquito Aedes aegypti.