CCR sinaliza trecho onde caminhoneiros fazem protesto no anel viário da Capital
Concessionária atendeu a pedido de manifestantes para dar mais segurança em trecho onde, há quatro dias, ocorre ato contra política de preços de combustíveis
A concessionária CCR MSVias vai sinalizar o trecho do anel viário de Campo Grande no qual caminhoneiros e simpatizantes realizam protesto contra a alta dos combustíveis. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (24), após reunião entre representantes da empresa e do movimento paradista. Os manifestantes esperam uma maior concentração de pessoas no local nesta noite e receberam mais donativos para garantir sua permanência naquele trecho da BR-163.
Além de um novilho e outros alimentos, um gerador elétrico com refletor foi cedido ao grupo, a fim de melhor iluminar o local. Contudo, preocupados com a segurança, representantes do movimento pediram à CCR providências a fim de evitar acidentes, segundo explicou a advogada Soraya Thronicke.
A concessionária se comprometeu a sinalizar o local do protesto com supercones, faixas zebradas e painéis móveis para alertar sobre a manifestação. Até então, o grupo vinha usando óleo queimado, estopa e pó de serra depositado em latas e incendiados para chamar a atenção de condutores. Os equipamentos de sinalização seriam entregues ainda nesta noite.
Aos caminhoneiros, a CCR solicitou que os manifestantes evitassem ficar no meio da vida durante o protesto, que chega ao fim de seu quarto dia em todo o Brasil sem um sinal de resposta à reivindicação das categorias –que contestam a política de reajuste de combustíveis da Petrobras, que tem resultado em reajustes constantes no preço dos combustíveis.
Presidente da Cooperativa de Transporte do Pantanal –que atua em serviços de transporte de passageiros–, Vaustir Francisdo da Silva comemorou o apoio da CCR, o qual considerou ser necessário “só por mais uma noite”. O sindicalista se disse confiante na obtenção de uma vitória perante o governo federal nesta sexta-feira (25).
“Não tem como o governo federal não oferecer um acordo até amanhã”, opinou Vaustir, ao avaliar que a sexta-feira “será um caos” –por conta do desabastecimento de combustíveis e alimentos, que já começa a ser sentido nos postos e comércio do Estado. “Se comparado com o que foi hoje, (o desabastecimento) amanhã será muito maior”, avaliou.
Já o caminhoneiro Giuliano Rogério garante que os manifestantes têm disposição para continuar com o ato. “Vamos permanecer aqui e esse foi o meio que encontramos de sinalizar o local e garantir a segurança de todo mundo”, considerou.