Celebração da pesquisa e turismo marcam 1 ano do Bioparque Pantanal
Bioparque foi inaugurado em março de 2021 e passou de 300 para 2 mil visitações diárias
Um ano depois da inauguração, hoje, o Bioparque Pantanal foi celebrado com música, apresentação de teatro e inauguração do CCPN (Centro de Conservação de Peixes Neotropicais), ampliando o perfil voltado para pesquisa do maior aquário de água doce do mundo.
Na sexta-feira, também será lançado o circuito de aquaponia, um sistema de produção integrada de peixes e vegetais, tendo como base a recirculação de água e nutrientes em sistema fechado. As duas áreas serão restritas aos pesquisadores.
Hoje, o CCPN foi aberto ao público somente para a inauguração, que contou com apresentações culturais e muitos visitantes, número que cresceu desde a inauguração, em 28 de fevereiro de 2021, quando a meta inicial era de receber 300 pessoas. Hoje, circulam cerca de 2 mil por dia.
O perfil dos visitantes representa uma volta ao mundo. A diretora do Bioparque Pantanal, Maria Fernanda Balestieri, diz que recebeu turistas de 91 países, que corresponde a 47% do total dos países. O espaço foi visitado por pessoas de todos os estados do Brasil, 46% dos municípios brasileiros. “O Bioparque está praticamente consolidado como centro de pesquisa”.
Maria Fernanda citou que o espaço já recebeu 57 visitas técnicas de profissionais das áreas de biologia, engenharia de aquicultura, zootecnia, arquitetura, engenharia civil e turismo e, atualmente, há 40 projetos de pesquisa em andamento. O Bioparque recebeu, inicialmente, 12,5 mil animais de 220 espécies e, hoje, já tem 40 mil de 359 espécies.
O CCPN já fazia parte do projeto inicial, estava em funcionando, mas vinha sendo estruturado ao longo dos meses, até chegar ao que foi inaugurado hoje. Segundo Maria Fernanda, é o espaço onde se apresenta o resultado do trabalho de pesquisa. “Tivemos sete reproduções de forma inédita no mundo, isso mostra a grandiosidade e a importância”, avaliou.
O biólogo Heriberto Gimenez Jr, coordenador do CCPN, disse que este centro está com parte dos filhotes que nasceram no Bioparque. Hoje, 37 espécies estão no local, entre eles, larvas de apenas dois dias de lambaris e piau corró.
O secretário Estadual de Governo, Pedro Caravina, também chamou atenção para o turismo e a importância do Bioparque, que, este ano, entrou na lista da revista norte-americana Time, como um dos 50 melhores lugares para se conhecer em 2023.
O arquiteto Rodrigo Otake esteve na cerimônia hoje, como homenagem ao pai, o arquiteto Ruy Otake, idealizador do Bioparque Pantanal e que morreu no dia 17 de novembro de 2021, quatro meses antes da inauguração. “Ele [Ruy] sempre buscou ineditismo, buscou obra após obra trazer alguma novidade dentro do próprio repertório” contou. “Essa forma elíptica é uma forma muito inédita, não só dos aquários, mas dentro da própria obra do Ruy”.
O ex-governador do Estado, Reinaldo Azambuja, esteve no local e lembrou que o Bioparque foi o último empreendimento inaugurado no projeto “Obra Inacabado Zero”, no fim da gestão dele. “Acho que o Bioparque cumpre o seu papel, é lugar de ensinamento, de aprendizado, de inclusão, de ciência e, principalmente, de pesquisa científica”. Citou que as denúncias envolvendo a construção do aquário “foram suplementadas e transportas pelo bom trabalho da equipe”.
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