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Capital

Cerca de 130 famílias ocupam área particular na Avenida Guaicurus

O grupo já contratou um topógrafo e máquinas para fazer acessos aos lotes no local

Lucas Junot e Anahi Gurgel | 30/06/2017 17:34
A área foi dividida em lotes que já estão identificados (Foto: Marcos Ermínio)
A área foi dividida em lotes que já estão identificados (Foto: Marcos Ermínio)

Pelo menos 130 famílias ocupam desde o último dia 26 uma área particular na Avenida Guaicurus, próximo à Rua Ângela Espíndola Queiroz, no bairro Jardim Colibri II. O terreno, de aproximadamente 39 mil metros quadrados foi dividido em lotes que pretendem, segundo os invasores, abrigar cerca de 700 pessoas.

Um dos organizadores do movimento, que não quis se identificar, disse que há cinco anos o grupo estuda o local, tomado pelo mato, ocioso e com dívidas junto à Prefeitura.

No dia 26, a iniciativa partiu de 80 famílias, mas já chega a 130 nesta sexta-feira (30) e há até fila de espera.

Angélica Francisca dos Santos, de 32 anos, trabalha como diarista. Ela disse que mora de favor nos fundos de uma igreja no Bairro Pioneiros, com duas filhas, de nove e 12 anos e decidiu procurar o local porque espera há 12 anos por uma casa da Emha (Empresa Municipal de Habitação), vive de favor nos fundos de uma igreja na Vila Pioneira.

Já Julio Alves Pereira, de 48 anos, soube apenas hoje do movimento. Ele foi ao local, mas foi informado de que não existe mais espaço disponível. O trabalhador do ramo de reciclagem mora de aluguel no Los Angeles, junto com a esposa e dois filhos, de sete meses e cinco.

Até o momento, no local só existem algumas barracas. O grupo decidiu que não irá armar barracos de lona, para não dar origem a uma “favela urbana”. Eles querem autorização para construir e já contrataram até um topógrafo e máquinas para fazer acessos ao loteamento.

O grupo contratou por conta própria um topógrafo (Foto: Marcos Ermínio)
O grupo contratou por conta própria um topógrafo (Foto: Marcos Ermínio)
Homens e mulheres se concentram na limpeza do local (Foto: Marcos Ermínio)
Homens e mulheres se concentram na limpeza do local (Foto: Marcos Ermínio)

De acordo com o organizador, cada família pagou R$ 20 para o levantamento topográfico e dividiram ainda o custo de R$ 3.500 para contratar um trator. “Vamos apresentar o projeto de topografia, assinado por um engenheiro e entrar com uma ação na Justiça para requerer a área”, disse.

A área foi dividida em lotes de 10 metros de largura por 30 de comprimento. Por enquanto, o grupo se concentra na limpeza do local e montagem de estruturas de pilares e telhas. De acordo com o grupo, nenhum representante da Prefeitura, nem da polícia compareceu ao local até o momento, mas o proprietário da área irá pedir reintegração de posse.

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