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Capital

Chefe de gabinete de vereador investigado por corrupção é exonerado

Exoneração foi publicada no Diário Oficial do Legislativo nesta sexta-feira (5)

Por Fernanda Palheta | 05/04/2024 08:45
chefe de gabinete do vereador Claudinho Serra (PSDB), Heberton Mendonça da Silva, com o plenário da Câmara Municipal ao fundo (Foto: Arquivo pessoal)
chefe de gabinete do vereador Claudinho Serra (PSDB), Heberton Mendonça da Silva, com o plenário da Câmara Municipal ao fundo (Foto: Arquivo pessoal)

O chefe de gabinete do vereador Claudinho Serra (PSDB), Heberton Mendonça da Silva foi exonerado do cargo em comissão. O decreto assinado pelo presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador Carlão (PSB), foi publicado no Diário do Legislativo nesta sexta-feira (5).

No final da tarde desta quinta-feira (4), o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul enviou ofício para a Casa de Leis comunicando a prisão do vereador, do assessor parlamentar Carmo Name Júnior e a investigação do chefe de gabinete.

Conforme consta no Portal da Transparência da Câmara, Heberton ganha salário de R$ 12.561,62 para exercer o cargo de chefia em comissão. Ele foi contratado em junho do ano passado.

Heberton é um dos alvos da terceira fase da Operação Tromper, que teve Claudinho como alvo principal por suspeita de comandar esquema de fraude em contratos milionários da Prefeitura de Sidrolândia. O chefe de gabinete foi alvo de mandado de busca e apreensão e é investigado por crimes de fraude em procedimento licitatório, falsidade ideológica, associação criminosa, sonegação fiscal e peculato.

Claudio Serra é genro da prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo (PP), e foi secretário de Fazenda.

Operação Tromper - A investigação apontou que a quadrilha criava empresas ou utilizava de pessoas jurídicas já existentes para participação conjunta nos mesmos processos licitatórios "(...) sem, contudo, apresentarem qualquer tipo de experiência, estrutura e capacidade técnica para a execução dos serviços ou fornecimento dos bens contratados com o ente municipal".

A organização criminosa era composta por dois núcleos. O primeiro chefiado por Claudinho Serra, tendo como integrantes servidores públicos. Já o segundo tinha como líderes Ueverton da Silva Macedo, o "Frescura", e o empresário Ricardo José Rocamora, que mantinham empresas vencedoras de praticamente todas as licitações da prefeitura.

Para o Ministério Público se trata de "(...) duradouro esquema de corrupção incrustado na atividade administrativa do município de Sidrolândia, formado por uma organização criminosa constituída de agentes públicos e privados, destinada à obtenção de vantagens ilícitas decorrentes, principalmente, dos crimes de fraude ao caráter competitivo de inúmeros processos licitatórios e desvio de dinheiro público diante da não prestação ou não entrega do produto contratado".

Inicialmente, a investigação chegou até Ueverton da Silva "(...) exercendo poder/ingerência sobre diversas empresas que atuavam em licitações no Município, em regra empresas de fachada”, diz trecho do processo. Com os materiais apreendidos nas primeiras fases da operação, incluindo quebra de sigilo telemático, o Ministério Público concluiu que Claudinho Serra era o real líder do esquema.

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