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Capital

Cinco anos depois, prefeitura quer tirar Cidade do Ônibus do papel

Priscilla Peres e Renata Volpe | 25/01/2017 10:45
Secretário Luis Fernando falou sobre o projeto hoje. (Foto: Yarima Mecchi)
Secretário Luis Fernando falou sobre o projeto hoje. (Foto: Yarima Mecchi)

Cinco anos depois do lançamento, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) quer tirar a Cidade dos Ônibus do papel. De acordo com a sua equipe, as conversas com empresas envolvidas já foram retomadas e agora "só faltam" as licenças ambientais.

A obra foi lançada em 2012 durante a gestão do ex-prefeito Nelson Trad Filho (PMDB), com o intuito de concentrar todas as empresas de ônibus em um único local, uma área no Anel Rodoviário, nos fundos das Moreninhas.

Agora, o atual prefeito quer por em prática o projeto que prometia tirar 1,2 mil veículos do Centro da cidade. Hoje, o secretário responsável pela Sedesc (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico), Luis Fernando Buainain, disse que a prefeitura trabalha para conseguir as licenças ambientais.

"Estamos fazendo reuniões com os sindicatos da categoria e a secretaria de Meio Ambiente, para destravar essa situação. As empresas querem muito que esse projeto saia do papel, vai ser bom para todo mundo", disse o secretário ao afirmam que as tratativas estão avançadas.

Ainda segundo Luis Fernando, a CCR MSVia (responsável pela BR-163) e a ANTT (Agência Nacional dos Transporte Terrestres) já estão cientes e prontas para a mudança. No local, a prefeitura prevê a construção de um refeitório com capacidade para 2.500 funcionários.

No processo de incentivo fiscal, a prefeitura doa a área de construção e as empresas ficam responsáveis pela infraestrutura do empreendimento.

O superintendente da Sedesc, Dieter Dreyer, disse que há uma reunião marcada para esta tarde, onde será debatido as licenças que faltam para a Cidade do Ônibus. "As licenças ambientais que estão travadas vão demandar de dois a três meses para sair do papel. Mas a previsão é de deixar o terreno pronto para receber as empresas até o fim do ano".

Segundo ele, o local vai reunir empresas de ônibus intermunicipais, como a Viação Queiroz, Motta, Andorinha, Cruzeiro do Sul, entre outras. Atualmente, o mato tomou conta do local, apenas uma placa informando que aquele é o local da Cidade do Ônibus.

Histórico - Em julho de 2015, a Prefeitura de Campo Grande liberou o equivalente a R$ 5,8 milhões em terrenos para nove empresas se instalarem ali e começarem as obras. Mas, um ano e meio depois, nada avançou nesse sentido.

No ano passado, o Campo Grande News mostrou que pra a obra andar, não faltava muito. Seria preciso dar encaminhamento nas exigências da lei, transferir os terrenos para o nome das empresas, assinar Termos de Compromisso e a Prefeitura analisar os projetos de construção para expedir os alvarás.

A Cidade dos Ônibus foi lançada em março de 2012, com promessa de gerar empregos e renda principalmente, para moradores da região das Moreninhas. O intuito era retirar mais de 1 mil ônibus que circulam diariamente pelas ruas da cidade, diminuindo a poluição e os transtornos à população.

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