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Capital

Claudinho Serra puxou a fila: Justiça manda soltar todos os presos em operação

Decisão foi expedida cerca de três horas depois de o habeas corpus liberar vereador para uso de tornozeleira

Por Anahi Zurutuza | 26/04/2024 21:34
Ueverton da Silva Macedo, o "Frescura", escoltado até a delegacia durante a prisão, ocorrida em 3 de abril, em Sidrolândia. (Foto: Marcos Maluf)
Ueverton da Silva Macedo, o "Frescura", escoltado até a delegacia durante a prisão, ocorrida em 3 de abril, em Sidrolândia. (Foto: Marcos Maluf)

A Justiça determinou, no início da noite desta sexta-feira (26), a soltura de outras sete pessoas presas e investigadas por esquema de corrupção em Sidrolândia, município a 78 quilômetros de Campo Grande. A liminar foi expedida cerca de três horas depois de o vereador Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho (PSDB) ter o habeas corpus aceito.

Tiveram a liberdade concedida, com uso de tornozeleira eletrônica: Ana Cláudia Alves Flores, Carmo Name Júnior, Marcus Vinícius Rossentini de Andrade Costa, Milton Matheus Paiva Matos, Ricardo José Rocamora Alves, Thiago Rodrigues Alves e Ueverton da Silva Macedo.

De acordo com o autos processuais, o juiz de Direito Fernando Moreira Freitas da Silva, da Vara Criminal de Sidrolândia, considerou que todos os demais investigados se encontram na mesma situação fática do parlamentar.

A decisão que soltou Claudinho saiu às 17h21 desta sexta-feira. No entendimento do desembargador José Ale Ahmad Netto, o réu “possui endereço certo, não registra antecedentes e não há indicativo de que vá se evadir da aplicação da lei penal ou que solto voltará a delinquir e também que não se trata de crime praticado com violência”.

O grupo foi preso no dia 3 de abril, em decorrência da deflagração da terceira fase da Operação Tromper, que investiga vasto esquema de corrupção em contratos milionários com a Prefeitura de Sidrolândia. O vereador de Campo Grande é genro da prefeita Vanda Camilo (PP) e já comandou a Secretaria de Fazenda do município.

Investigação do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) aponta o parlamentar como o “cabeça” de grupo que lucrava com o desvio de dinheiro público.

O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) denunciou 22 pessoas por envolvimento nas fraudes em licitações para o fechamento de contratos em Sidrolândia. A acusação alega que organização criminosa tinha “atuação predatória e ilegal”, agindo com “gana e voracidade”.

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