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Capital

Com cão farejador, polícia faz busca na casa de mulher desaparecida desde abril

O imóvel era alugado pelo casal e fica nos fundos de uma casa grande. A dona da residência está no local

Viviane Oliveira e Clayton Neves | 20/05/2020 10:32
Bombeiro com um dos cãoes farejadores (Foto: Henrique Kawaminami)
Bombeiro com um dos cãoes farejadores (Foto: Henrique Kawaminami)

Equipes da DEH (Delegacia Especializada de Repressão ao Crimes de Homicídio), Perícia Técnica e Corpo de Bombeiros fazem buscas com cães farejadores numa edícula do Jardim Jóquei Clube, onde a vendedora Graziela Pinheiro Rubiano, 36 anos, desaparecida desde 5 de abril deste ano, vivia com o marido, Rômulo Rodrigues Dias, 33 anos. Ele está preso desde o dia 19 de abril na carceragem da delegacia como principal suspeito pelo desaparecimento da mulher.

O imóvel era alugado pelo casal e fica nos fundos de uma casa grande. A dona da residência está no local. Segundo os vizinhos, que acompanham de longe os trabalhos das equipes, depois do desaparecimento de Graziela, a polícia já havia ido ao local inclusive com o suspeito. Três cães farejadores fazem buscas na residência de três cômodos (sala, quarto e banheiro). Ainda não há informação se algo ou vestígios de crime foram localizados.

Perito criminal acompanha as buscas na residência (Foto: Henrique Kawaminami)
Perito criminal acompanha as buscas na residência (Foto: Henrique Kawaminami)

Na última segunda-feira (18), um dia antes do prazo chegar ao fim, o juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluízio Pereira dos Santos, determinou que a prisão temporária de Rômulo fosse prorrogada por mais 30 dias. .

Para o magistrado, apesar de não ter confessado envolvimento no desaparecimento de Graziela, a suspeita continua e é necessário que ele seja mantido preso para a conveniência das investigações. Segundo apurado pela reportagem, Rômulo apresentou versões conflitantes sobre o desaparecimento da esposa. Segundo amigas de Graziela, o relacionamento dela com o marido era turbulento.

Um dos cães que participam da operação é a labradora Cindy. Ela foi um dos cachorros convocados para auxiliar nas buscas por corpos em Brumadinho, Minas Gerais, região de rompimento de barragem da mineradora Vale, em janeiro do ano passado, que deixou destruição e muitas vítimas desaparecidas. Na ocasião, a cadela fez a localização de um corpo, que estava cerca de dois metros de profundidade. Os cães pertencem ao Corpo de Bombeiros e são treinados para detectar a presença de pessoas vivas ou mortas.

Cindy, de pelagem clara, participou de buscas em Brumadinho (MG)(Foto: Henrique Kawaminami)
Cindy, de pelagem clara, participou de buscas em Brumadinho (MG)(Foto: Henrique Kawaminami)


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