Com folha de R$ 5 mi, Santa Casa faz plano para conter gasto com pessoal
Com folha de pagamento no valor de R$ 5 milhões, a Santa Casa de Campo Grande, que vive crise financeira, vai implementar um plano de gestão de pessoal para conter gastos, preservar a capacidade financeira e definir política de carreira e salarial para os empregados.
Por meio de resolução, a junta administrativa, presidida por Jorge Martins, determinou a criação do Comitê de Políticas de Recursos Humanos e suspendeu novas contratações.
De acordo com o diretor financeiro Edson da Mata Torres Filho, a folha de pagamento é dividida em 2.400 funcionários, no valor de R$ 3 milhões, e 450 médicos, com custo mensal de R$ 2 milhões. Conforme o diretor, o objetivo é adotar medidas implantadas em empresas privadas, como controle do número de funcionários e salários pagos para cada setor.
Novas contratações terão que ser justificada, inclusive com impacto financeiro. Segundo ele, atualmente, não é pago hora extra. Mas, a partir de agora o pagamento será feito mediante justificativa. Os plantões também terão que ser justificados ao comitê.
“Enxuga o excedente, arruma o que falta melhorar. É o projeto dele [Jorge Martins] para otimizar o recurso escasso”, salienta.
De acordo com o diretor financeiro, o comitê também vai elaborar o plano de cargos e carreiras para os funcionários do hospital. “É um sonho de não sei quantos anos do quadro de pessoal”, enfatiza Edson da Mata.
Ensino – A Santa Casa também criou 11 comissões para obter a certificação como Hospital de Ensino. Dentre elas, há comissão de revisão de prontuários médicos, comissão hospitalar de prevenção de mortalidade materno e neonatal, controle de infecção hospitalar, comissão de análise de óbitos, comissão de doação de órgãos para transplante.
Maior hospital público do Estado, a Santa Casa também atende planos de saúde e particular. Em meio à crise financeira e sucateamento, o governo do Estado defende a mudança jurídica de hospital privado beneficente para fundação.