ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
JULHO, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 29º

Capital

Com interdição de via há 47 dias, vendas caem 70% no Lago do Amor

Circulação foi proibida diante do risco de avanço do desmoronamento após chuva de 4 de janeiro

Aline dos Santos e Bruna Marques | 21/02/2023 11:36
"Mesmo com o tempo ruim, hoje era para estar lotado de gente", diz Antônio. (Foto: Henrique Kawaminami)
"Mesmo com o tempo ruim, hoje era para estar lotado de gente", diz Antônio. (Foto: Henrique Kawaminami)

Com estragos desde 4 de janeiro, provocados por chuva de 159 milímetros, o entorno do Lago do Amor, um dos cartões-postais de Campo Grande, segue com interdição na Avenida Filinto Müller, enquanto os ambulantes viram as vendas despencarem em 70%.

Há 47 dias, uma passarela cedeu com a chuva forte e a via foi interditada primeiro com cavaletes e, desde 23 de janeiro, com manilhas. A interdição fica no sentido Centro/bairro.

A medida foi adotada como prevenção diante do risco de avanço do desmoronamento do aterro de um trecho de 170 metros do passeio público e da ciclofaixa.

Mas ainda há quem desrespeite a proibição e circule pela área com erosão, como pedestres, ciclistas e motociclistas. Já carros entram na contramão, causando acidentes.

“Os carros entram na contramão na pista liberada para não dar a volta. Por conta disso, no domingo retrasado, teve acidente de carro e moto porque um dos veículos estava na contramão”, diz Antônio Rodrigues, 59 anos.

Há 12 anos trabalhando na orla do lago, ele também é testemunha da queda nas vendas. “A situação é péssima. Praticamente acabou com as nossas vendas. As pessoas passavam, paravam, olhavam o lago, gastavam. O movimento caiu 70%. Mesmo com o tempo ruim, hoje era para estar lotado de gente. Deveriam arrumar o mais rápido possível”, diz o ambulante, que vende raspadinha (bebida gelada) e churros.

Antes, ele ia diariamente ao entorno do lago. Agora, só vende aos finais de semana e feriados.

"Deveriam fazer com urgência essa obra para liberar a rua", afirma Vanusa. (Foto: Henrique Kawaminami)
"Deveriam fazer com urgência essa obra para liberar a rua", afirma Vanusa. (Foto: Henrique Kawaminami)

A vendedora Vanusa Nascimento dos Santos, 40 anos, conta que só havia visto o ponto turístico sem movimento de visitantes na pandemia. “Depois da pandemia, só agora por conta dessa interdição. As vendas caíram bastante. As pessoas não querem dar a volta e acabam indo para outros lugares. Deveriam fazer com urgência essa obra para liberar a rua”, diz. Ela vende pastéis.

Ambulante há oito anos, Gilmar Matos de Oliveira, 39 anos, viu despencar a procura pelo coco e caldo de cana. “As vendas caíram 70%. As pessoas não param mais como antes. Nesses anos todos, é a primeira vez que vejo isso aqui vazio sim. Mesmo com esse tempo, era para estar lotado”.

Gilmar também relata que a iluminação é precária à noite e não há banheiros para os visitantes. “Deveriam investir aqui porque é ponto turístico e vem gente de fora conhecer”.

Passarela no entorno do Lago do Amor despencou na chuva torrencial de 4 de janeiro. (Foto: Henrique Kawaminami)
Passarela no entorno do Lago do Amor despencou na chuva torrencial de 4 de janeiro. (Foto: Henrique Kawaminami)
Capivaras em faixa de areia no leito do Lago do Amor. (Foto: Henrique Kawaminami)
Capivaras em faixa de areia no leito do Lago do Amor. (Foto: Henrique Kawaminami)


Confira a galeria de imagens:

  • Campo Grande News
  • Campo Grande News
  • Campo Grande News
  • Campo Grande News
  • Campo Grande News
Nos siga no Google Notícias