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Capital

Com obra de R$ 17 milhões atrasada, IFMS gastou R$ 851 mil em aluguéis

Segundo instituto, campus de Campo Grande receberá alunos a partir de 31 de julho

Aline dos Santos | 20/07/2017 12:07
Segundo IFMS, obra na rua Taquari custou R$ 17,6 milhões. (Foto: André Bittar)
Segundo IFMS, obra na rua Taquari custou R$ 17,6 milhões. (Foto: André Bittar)

Com o campus de Campo Grande em obras desde 2009 e que já consumiram R$ 17,6 milhões, o IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul) gastou R$ 851.723,25 com sede provisória em 2015, 2016 e 2017. Relatório da CGU (Controladoria-Geral da União) classifica o gasto como antieconômico. Ou seja, na contramão de uma boa gestão econômica.

“É a demonstração de uma fragilidade da gestão, que gerou um gasto desnecessário, evitável. Se a gestão tivesse adotado providências mais imediatas à época, a locação seria por menor período e a questão resolvida a bom tempo”, afirma o superintendente da Controladoria Regional da União no Estado, José Paulo Barbiere.

Realizada entre 7 de novembro e 16 de dezembro do ano passado, a vistoria analisou recursos de R$ 8.898.322,56, oriundos do Ministério da Educação, e aponta prejuízo de R$ 82.526,97, que deverá ser ressarcido.

Com cinco blocos, a obra na rua Taquari, bairro Santo Antônio, tinha cronograma para conclusão dos prédios entre 2009 e 2012. Segundo a CGU, na primeira etapa, seriam entregues os blocos A e C. No ano de 2010, a segunda fase previa a conclusão do bloco E.

Finalmente, em 2012, ficariam prontos as unidades B e D. Entretanto, os prazos ficaram restritos ao calendário, os alunos foram acomodados em endereços provisórios e, atualmente, têm aulas no colégio Latino Americano. A mudança definitiva foi marcada para o fim deste mês.

De acordo com assessoria de imprensa do instituto, a partir de 31 de julho, data de início do segundo semestre, as atividades acadêmicas serão no campus da rua Taquari.

Com entrega prevista para 31 de julho, nova sede tinha movimento de veículos e trabalhadores nesta quinta-feira. (Foto: André Bittar)
Com entrega prevista para 31 de julho, nova sede tinha movimento de veículos e trabalhadores nesta quinta-feira. (Foto: André Bittar)

Valores – Do prejuízo de R$ 82,5 mil, R$ 76.946,97 são relativos a problemas de execução no bloco E. Segundo a controladoria, o contrato foi reformado de maneira irregular, pois o último aditivo foi constituído basicamente de serviços de correção, os quais deveriam ter sido feitos pela empresa executora sem custos.

Já o montante de R$ 5.580 corresponde a serviços não executados nos blocos A e C. No ano passado, a equipe encontrou avarias, como forros deteriorados e cobertura quebrada.

No relatório, o IFMS aponta que a região é desabitada e tem forte rajada de vento, ocasionando os problemas. Em resposta à reportagem, o instituto informa que chegou a consenso com a empresa responsável pela obra para reparo do forro, divisórias e cobertura de policarbonato. O acordo foi firmado em 5 de maio de 2017.

Sobre o bloco E, a instituição vai instaurar procedimento administrativo conjunto com a UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná), tutora da implantação do IFMS, para apuração e eventual identificação dos responsáveis. Para o instituto, o aluguel não deve ser entendido como prejuízo ao erário.

Casa nova - Em Campo Grande, o IFMS tem 2,2 mil estudantes matriculados em cursos técnico, qualificação profissional, graduação e pós-graduação. Com oito mil metros quadrados de área construída, a sede tem quatro blocos para atividades acadêmicas e um destinado ao setor administrativo.

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