Comando da PM deve se pronunciar sobre atentado ainda hoje
O Comando Geral da Polícia Militar vai se posicionar ainda nesta quarta-feira sobre a granada jogada na noite de ontem em frente ao Pelotão da Polícia Militar no bairro Moreninhas, em Campo Grande.
O coronel Carlos Alberto David dos Santos, comandante da PM, disse ao Campo Grande News que deve realizar uma coletiva de imprensa e que os últimos esclarecimentos estão sendo feitos agora pela manhã entre as autoridades de Segurança Pública do Estado.
A granada foi jogada por volta das 20h, na frente do prédio, que fica na rua Anacá, nas Moreninhas. Apesar de acionada, ela falhou e não explodiu. O explosivo foi detonado no local pela Cigcoe (Companhia de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) aproximadamente à meia-noite, pois a remoção do material para outro local era muito arriscada.
No prédio, havia apenas um policial de plantão, já que o restante atendia ocorrência na região. O militar ouviu um barulho parecido com uma pedra jogada e de uma motocicleta acelerando rapidamente. Ao constatar a granada, acionou os superiores, além de avisar aos Bombeiros, que mantém uma base ao lado do pelotão.
Ainda não há informações sobre os suspeitos e os motivos que poderiam ter ocasionado a ação criminosa. No momento em que o explosivo foi jogado, várias pessoas estavam em uma lanchonete em frente ao pelotão e uma delas relatou ter visto dois homens com capacete preto em uma Honda Biz vermelha, mas não soube confirmar se foram eles que arremessaram a granada.
A investigação policial está sob responsabilidade do Garras (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros). Segundo o delegado Márcio Shiro Obara, que esteve no local na noite desta terça-feira, a granada vai passar por análise técnica da perícia para confirmar o potencial explosivo.
“Agora será direcionado sobre as circunstâncias de o objeto ter sido atirado na Polícia Militar e consequentemente a origem”, explicou Obara.
O Garras que investiga explosivos usados em arrombamento de caixas eletrônicos, disse que a granada detonada ontem é diferente dos usados anteriormente em explosões. “Não é de emulsão gel igual aos outros, é outro tipo de explosivo”, completou o delegado.
O episódio aconteceu poucos dias depois de uma operação da PM realizada na Moreninhas, com foco principalmente no combate ao tráfico de drogas. O fato chama atenção, também, por ocorrer em meio a ataques que já provocaram centenas de mortes em São Paulo e já chegaram a Santa Catarina. Os ataques em São Paulo são atribuídos à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), que tem forte atuação nos presídios de Mato Grosso do Sul.