Comerciante morto por motorista bêbado era dono de ótica e fazia bico de motoboy
Acidente aconteceu na noite de sábado, no cruzamento da Avenida Mascarenhas de Moraes com a Rua do Seminário
O comerciante Mateus Pires da Costa, de 61 anos, que morreu atingido por carro conduzido por motorista bêbado e sem CNH (Carteira Nacional de Habilitação), era proprietário de uma ótica nas Moreninhas e fazia bico de motoentregador para complementar a renda.
Segundo a radialista Sabrina Bento da Costa, de 35 anos, sobrinha da vítima, a família está destruída com a situação. “A gente nunca espera que isso pode acontecer com a nossa família. Ele [o motorista] tirou a vida de uma pessoa incrível, muito querida”, destacou.
O acidente aconteceu na noite do último sábado (22) no cruzamento da Avenida Mascarenhas de Moraes com a Rua do Seminário, no Jardim Seminário, em Campo Grande.
O motorista que causou o acidente, Rafael Borges de Oliveira, de 27 anos, dirigia um Ford Fiesta pela Avenida Mascarenhas de Moraes. Ele foi preso em flagrante. No carro, estava a esposa grávida e um amigo do rapaz. Segundo testemunha, o condutor relatou que havia tomado cerveja e tentou parar no semáforo que estava fechado, mas o freio falhou, então ele acelerou para passar pelo cruzamento.
Mateus que seguia numa motocicleta pela Rua do Seminário acabou atingindo a lateral do carro. Com o impacto, a vítima foi arremessada a 18 metros do local da batida e a motociclista a aproximadamente 32 metros. Vídeo de câmera de segurança mostra o momento do acidente. “As imagens são chocantes”, disse Sabrina.
O delegado que atendeu a ocorrência arbitrou fiança de R$ 20 mil para soltar o motorista. Até às 10h desta manhã, ele ainda não tinha pagado e aguardava audiência de custódia no Fórum para o juiz decidir.
Conforme Sabrina, a família quer Justiça e não concorda com a possibilidade de o motorista responder em liberdade após pagar fiança. “Ele tirou a vida de um pai de família. A partir do momento que uma pessoa dirige sem habilitação ou consome bebida alcoólica está assumindo o risco de matar alguém na rua. Para nós está sendo muito difícil. O meu tio não teve nem chance de se defender. Estamos destruídos, principalmente com a possibilidade dele [o motorista] ficar em liberdade. Ele não pode ir para a rua”, disse.
Segundo Sabrina, que mora em Sorocaba, São Paulo, sempre falava com o tio e no dia do acidente tinha conversado com ele no período da manhã. "Em abril ele veio pra cá para comprar mercadoria. Isso não pode ficar impune", destacou.
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