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Capital

Condenado a 12 anos por assassinato é solto com base em decisão do STF

Réu foi a júri no dia 31 de janeiro deste ano, mas recorreu em liberdade até ter a prisão decretada no dia 19 de setembro

Anahi Zurutuza e Marta Ferreira | 13/11/2019 11:22
Condenado a 12 anos por assassinato é solto com base em decisão do STF
Cláudio Fellipe Simões Duarte, acusado de matar Júnior Cézar Borges da Silva com um tiro no pescoço, em fevereiro de 2016, durante júri. (Foto: Bruna Pasche/Arquivo)

Respeitando decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o direito de condenados com sentença confirmada em 2ª instância de recorrer em liberdade até o esgotamento de todos os recursos judiciais possíveis, o juiz Mário José Esbalqueiro Júnior mandou soltar o corretor de imóveis Cláudio Fellipe Simões Duarte, 53 anos, condenado a 12 anos de prisão por homicídio.

A decisão do magistrado titular da 1ª Vara de Execução Penal de Campo Grande é desta terça-feira (12). “Assim, embora este magistrado possua entendimento contrário ao pretendido pela defesa, tendo em vista o novo entendimento do STF, assim considerando que ainda não houve trânsito em julgado da ação penal (...), expeça-se alvará de soltura em favor do sentenciado, se por outro motivo não estiver preso”.

Defendido pelo criminalista Renê Siufi, Cláudio foi a júri no dia 31 de janeiro deste ano, mas recorreu em liberdade até ter a prisão decretada no dia 19 de setembro. Ele estava preso desde o dia 23 do mês 9, portanto há 51 dias.

A defesa do corretor já havia tentado no STJ (Superior Tribunal de Justiça) que o condenado ficasse em liberdade até o fim do processo, mas o ministro Jose Mussi entendeu não haver “qualquer ilegalidade na execução provisória da pena” e destacou entendimento que o STF tinha até então sobre estes casos.

O crime - O corretor foi condenado por matar Júnior Cézar Borges da Silva, de 41 anos, em fevereiro de 2016, durante a negociação de um imóvel na Rua Guarapuava, no Jardim Panorama. A vítima havia vendido uma casa para um terceiro e Cláudio, segundo a acusação, tinha interesse na residência. O crime aconteceu após uma discussão.

O corretor confessou ter atirado na vítima, mas alegou legítima defesa durante seu julgamento. “Eu atirei sim, mas para me defender e não para matar. Eu nem mirei nele, infelizmente a bala acertou o pescoço e ele morreu”, disse. A arma usada por Cláudio era ilegal.

Consultado pelo Campo Grande News, o juiz Mário José Esbalqueiro Júnior informou já ter recebido pelo menos outros dois pedidos de soltura. Ele cuida das execuções das penas de 5 mil presos custodiados em quatro unidades penais de Campo Grande. Antes da decisão dele, o pedido é avaliado pelo promotor do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).

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