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Capital

Condenado na Máfia do Cigarro, policial é transferido para reserva remunerada

Conforme Ageprev, a transferência foi a pedido e com proventos proporcionais. Último salário foi de R$ 5.317,58

Aline dos Santos | 29/01/2019 10:12
Corregedoria da PM e Gaeco fizeram operação contra Máfia do Cigarro em maio de 2018. (Foto: Saul Schramm/Arquivo)
Corregedoria da PM e Gaeco fizeram operação contra Máfia do Cigarro em maio de 2018. (Foto: Saul Schramm/Arquivo)

Com duas condenações por participação na Máfia do Cigarro, o policial militar Aparecido Cristiano Fialho foi transferido para a reserva remunerada. A transferência do cabo foi divulgada hoje (dia 29) pela Ageprev (Agência de Previdência Social). A ida para a reserva remunerada foi a pedido e com proventos proporcionais.

Conforme o Portal da Transparência do governo do Estado, ele teve remuneração de R$ 5.317,58 no mês de dezembro. Fialho foi alvo em 16 de maio da primeira fase da operação Oiketicus, realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) para apurar envolvimento de policiais militares com o contrabando de cigarro trazido do Paraguai.

Na denúncia, a promotoria fez especial menção ao cabo Aparecido Cristiano Fialho, que teria acumulado patrimônio de quase R$ 7 milhões. O dinheiro do esquema seria “lavado” em uma revenda de automóveis de Naviraí. Além disso, ele foi relacionado como dono de mais de dez imóveis. O cabo também foi denunciado por lavagem de dinheiro.

As condenações vieram em dezembro de 2018. Primeiro a 15 anos e 4 meses de reclusão por organização criminosa e lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores. Dias depois, a pena foi de 3 anos e 6 meses de prisão em regime fechado por obstrução de Justiça.

Além das duas condenações, o militar deveria ser excluído da corporação da Polícia Militar. Nome da operação, oiketicus é um inseto conhecido popularmente como “bicho cigarreiro”. A Ageprev informa que recebeu a documentação da Polícia Militar e homologo por estar correto do ponto de vista documental.  

Segundo a PM,  Fialho continua no Presidio Militar e os processos administrativos que apuram os desvios de conduta prosseguem, independentemente de sua transferência para a reserva. (Matéria editada às 10h17 para acréscimo de informação)

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