Continua preso suspeito de envolvimento no sumiço do filho de Fahd
Polícia não revela detalhes do envolvimento de Cláudio Rodrigues de Souza e quer terminar inquérito até a próxima semana
Continua atrás das grades o empresário e político Cláudio Rodrigues de Souza, preso no dia 30 de abril, em Ponta Porã, suspeito de envolvimento no desaparecimento de Daniel Alvarez Georges.
Filho de Fahd Jamil, empresário do ramo de cigarros na fronteira com o Paraguai, Daniel está desparecido há um ano. A DEH (Delegacia Especializada de Repressão a Homicídios) investiga o caso como assassinato.
De acordo com o delegado Edílson Rodrigues, a intenção é terminar o inquérito sobre o crime até o fim da próxima semana. Caso não seja finalizado, será pedido mais prazo - 30 dias-, para a conclusão.
Cláudio almoçou com Daniel, em Campo Grande, no dia em que ele sumiu. A defesa alega que eles eram amigos.
Ao ser preso, Daniel tinha escolta armada de vigilantes particulares, que estavam em um Corsa da empresa Aliados Segurança, com sede em São Paulo. Os seguranças estavam armados com duas pistolas calibre 380 e uma espingarda calibre 12.
Além do mandado de prisão, a Justiça expediu mandados de busca e apreensão, que foram cumpridos no posto de combustíveis de Cláudio e também na sua residência.
Políticos – Cláudio de Souza era presidente do PCdoB, mas foi afastado após a prisão. Esposa do empresário, Sudalene Machado é pré-candidata à prefeitura de Ponta Porã pelo PT. O cargo também deve ser disputado por Gandi Jami (PMDB), tio de Daniel.
Em Ponta Porã, corre a notícia de que o preso também seria o mandante da execução do jornalista Paulo Rocaro, além de ligação com a morte do policial militar César Santos Magalhães, ambos assassinados na avenida Brasil, centro da cidade. Contudo, a polícia nega relação entre os casos.
Sumiço - Daniel foi visto pela última vez no dia 3 de maio de 2011, no Shopping Campo Grande. O filho de Fahd Jamil estava em liberdade desde 29 de março do ano passado, quando teve a prisão relaxada pela justiça paulista por excesso de prazo.
Ele foi preso em agosto de 2010, em São Paulo, pela Denarc (Departamento de Investigações Sobre Narcóticos), após combinar encontro no Shopping Iguatemi.
Em 2002, Daniel Georges foi preso por tráfico de drogas ao desembarcar no Aeroporto Internacional de São Paulo, vindo da Colômbia.