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Capital

Contra gripe, padre veta “Pai Nosso” de mãos dadas e hóstia na boca de fiel

Fernanda Mathias e Guilherme Henri | 31/05/2016 15:27
Padre Aldir conta que também quer deixar álcool em gel na igreja e vai sugerir que medidas sejam adotadas em outras igrejas (Foto: Alcides Neto)
Padre Aldir conta que também quer deixar álcool em gel na igreja e vai sugerir que medidas sejam adotadas em outras igrejas (Foto: Alcides Neto)

Em tempos de circulação do vírus H1N1, causador da chamada gripe A, a mudança de hábitos já chegou à igreja, um dos pontos em que há grande aglomeração de pessoas, portanto, potencial para o contágio.

No domingo passado (29), fiéis da paróquia São João Bosco, na Vila Gomes, em Campo Grande, foram surpreendidos pelas recomendações do padre Aldir da Silva, que antes da missa alertou: não haveria a reza do “Pai Nosso” de mãos dadas; entrega de hóstia na boca ou aperto de mãos no momento de saudação, conhecido como “A paz de Cristo”.

O padre contou ao Campo Grande News que a ideia de adotar medidas preventivas veio depois do alerta de uma paroquiana. No dia 14 de maio, durante uma festa da comunidade, a mulher, que também atua na área de saúde, o procurou e alertou sobre os casos crescentes da gripe, lembrando que a circulação viral está maior.

“Fiquei com isso na cabeça e busquei orientação de meus superiores”. Depois de pesquisar sobre o assunto na internet, o padre se atentou que a saliva também é um dos meios de contágio e quando a hóstia é entregue na boca do fiel as mãos acabam tocando os lábios.

As medidas, que foram bem recebidas pelos fieis, serão sugeridas hoje ao arcebispo metropolitano da Arquidiocese de Campo Grande, dom Dimas Lara Barbosa. O padre também solicitou álcool em gel para que fique à disposição dos fieis.

Ele lembra que, embora o prédio da igreja seja amplo, com nove portas que ficam abertas, a concentração de pessoas acaba oferecendo risco.

Na paróquia São João Bosco há nove portas, mas concentração de fiéis nas missas é grande (Foto: Alcides Neto)
Na paróquia São João Bosco há nove portas, mas concentração de fiéis nas missas é grande (Foto: Alcides Neto)

Prudência – Na manhã desta terça-feira, fiéis que aguardavam o padre para a confissão e que estavam na missa de domingo disseram aprovar as medidas de prevenção.

“Muito legal e outros padres deveriam tomar a mesma atitude”, disse a dentista Morgana Oliveira, 36 anos. Para ela, o contato reduzido não interfere na experiência da missa. “A fé continua a mesma”.

Opinião compartilhada pela aposentada Fatima Jussara Jacques, 62 anos. “Essa atitude mostra a preocupação que o padre tem com a comunidade”.

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