Corpo de cardiologista ainda está no Imol, sem previsão de liberação
O médico será velado no cemitério Parque das Primaveras, que fica na Avenida Senador Filinto Muller, no Jardim Parati
O corpo do cardiologista e ex-diretor do Hospital Universitário, José Carlos Dorsa Vieira Pontes, 51 anos, que morreu após reclamar de dores de cabeça e passar mal em uma sauna, por volta das 20h de ontem (11), ainda está no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) de Campo Grande, sem previsão de liberação. O médico será velado no cemitério Parque das Primaveras, que fica na Avenida Senador Filinto Muller, no Jardim Parati.
Dorsa era um dos envolvidos na “Máfia do Câncer”, esquema investigado pela Polícia Federal. Ele respondia na Justiça por falsificação de documentos, uso de documento falso, peculato, formação de quadrilha e fraude em licitação.
Hoje de manhã, a equipe de reportagem esteve na casa de Dorsa, na Rua Piratininga. No local, não havia movimentação de familiares. Um dos seus funcionários que passeava com o cachorro disse que os parentes do médico estavam reunidos na casa do pai dele, morador na região.
O funcinário, que pediu para não ter o nome divulgado, conta que Dorsa morava com o companheiro, Alcides Manoel do Nascimento, e de vez em quando os filhos do médico passavam uma temporada com ele. “Recentemente o sobrinho do Alcides veio de São Paulo. Estava morando aqui e trabalhando na clínica do cardiologista”, diz o funcionário. Alcides não foi encontrado na residência.
Segundo o funcionário, ainda não se sabe o que aconteceu e lamenta a morte do patrão. “Ele era uma pessoa excepcional e um patrão muito bom. Uma vez tive que levar meu tio na clinica dele e ele não cobrou a consulta”, relembra o homem que trabalhava há 7 anos com o médico.
Caso - Segundo informação apurada pela reportagem com a polícia, o médico passou mal e teve uma convulsão. A médica, que fez o primeiro atendimento, disse que o cardiologista tinha uma "punção" no braço, provavelmente referente à aplicação de algum medicamento. Dorsa tinha lesão no supercílio e no rosto, compatíveis com a queda e a convulsão, causada quando se debatia no chão.
Segundo relatos do recepcionista da casa de massagem à polícia, a vítima chegou ao local por volta das 16h se queixando de dor de cabeça e que parecia estar impaciente. Por volta das 19h, José Carlos começou a passar mal em um dos quartos da sauna, frequentada pelo público gay.
O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado e a equipe médica ainda tentou reanimá-lo, mas sem sucesso. A Polícia Civil registrou o caso como morte a esclarecer. Há suspeitas de suicídio ou overdose por medicamentos.