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Capital

De avião, corpo de Name chega nesta tarde a Campo Grande

O preso morreu vítima de complicações da covid em hospital de Mossoró, a 3 mil km de MS

Aline dos Santos e Marta Ferreira | 28/06/2021 07:40
Jamil Name chegou no fim da década de 50 a MS, onde fez fortuna. (Foto: Arquivo) 
Jamil Name chegou no fim da década de 50 a MS, onde fez fortuna. (Foto: Arquivo)

De avião, o corpo de Jamil Name, 82 anos, chega hoje à tarde em Campo Grande, com previsão de sepultamento amanhã.  Alvo da operação Omertà, o octogenário passou em setembro de 2019 de festejado empresário da Capita a acusado de liderar organização criminosa.   Ele estava preso na penitenciária federal de Mossoró (Rio Grande do Norte), a 3 mil quilômetros de Campo Grande, e contraiu covid-19.

Name foi internado em hospital da cidade de Mossoró, onde morreu no fim da tarde de ontem, vítima de complicações da doença. De acordo com deputado Jamilson Name (sem partido), o corpo do pai será trasladado de avião. Ainda não foram informados horário e local do sepultamento.

No mês de maio, Jamil Name passou por exame de sanidade mental e contou sua trajetória a partir do jogo do bicho. Disse ter R$ 41 bilhões de precatórios a receber e que não pretendia ser declarado “louco” para sair da cadeia.

Ele  contou ter estudado até a 2ª série e que deixou São Paulo em 1958. Depois, se estabeleceu em Campo Grande, onde, para ganhar dinheiro, fez parceria para anotar jogo do bicho e pife-pafe (jogo de cartas).

Na sequência, passou a fazer as anotações sozinho. O pagamento vinha em dinheiro e sacas de sojas. Depois, abriu imobiliária, com loteamentos de condomínios por Campo Grande (dando origem a bairros) e transações de terras em outros Estados.

Também informou investimento em usina eólica e ser dono de uma mina. O exame foi requisitado pela família, que apontou que o idoso estava senil e, inclusive, divergiu das informações repassadas por ele aos peritos.

Jamil Name respondia meia dúzia de ações, por crimes de exploração da jogatina, lavagem de dinheiro, tráfico de armas e mando de execuções. Os processos criminais serão extintos com a morte do réu.

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