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Capital

Defesa faz nova tentativa para libertar motorista que matou passageiro de táxi

Paula Maciulevicius | 26/02/2013 08:49
Diogo Machado Teixeira está preso desde a madrugada do crime, no dia 11 de fevereiro. Ele já teve o pedido de liberdade negado por duas vezes. (Foto: Luciano Muta)
Diogo Machado Teixeira está preso desde a madrugada do crime, no dia 11 de fevereiro. Ele já teve o pedido de liberdade negado por duas vezes. (Foto: Luciano Muta)

A defesa do administrador de fazendas Diogo Machado Teixeira, 36 anos, tenta novamente libertar o motorista que dirigia a caminhonete L200 que bateu no táxi e matou um dos passageiros na madrugada do dia 11 de fevereiro. O advogado entrou com pedido de revogação da prisão de Diogo nesta segunda-feira. Ele permanece na Derf (Delegacia Especializada na Repressão de Roubos e Furtos).

O advogado que atua na causa, Renê Siufi, explicou que está aguardando o resultado da perícia e que entrou com o pedido de liberdade provisória até que tenha os laudos em mãos para ingressar com o pedido de habeas corpus. O pedido de liberdade provisória já foi negado por duas vezes. Diogo está preso desde a madrugada do crime.

Ao encerrar o inquérito na semana passada, o delegado responsável pelo caso pediu a apreensão da caminhonete. Segundo o advogado, no inquérito, a Polícia sustenta que Diogo estava em alta velocidade e que podia matar. Argumento rebatido pelo advogado. “A primeira perícia já constatou que ele não estava, eu quero ver o laudo. A velocidade dele e quanto que o táxi vinha e se o sinal estava aberto ou fechado. Eu não acredito que aquele sinal estivesse fechado como a testemunha disse”, sustentou Renê Siufi.

O MPE (Ministério Público Estadual) já ofereceu a denúncia à Justiça contra Diogo e a defesa está examinando. Diogo foi indiciado por homicídio doloso, duas tentativas de homicídio contra os demais ocupantes do táxi e dirigir embriagado. Já que o teste do bafômetro constatou 0,59 mg/l e ele admitiu ter bebido.

Diogo dirigia uma caminhonete Mitsubishi L200 pela avenida Afonso Pena, quando por volta das 3h da manhã da segunda-feira de Carnaval, atingiu o Siena branco que seguia pela rua Bahia. Com o impacto da batida, o táxi foi arremessado contra o muro da Secretaria Municipal de Saúde. No táxi, o passageiro que estava sentado no banco de trás, José Pedro Alves da Silva Júnior, 22 anos, morreu na hora. O motorista Sebastião Mendes da Rocha, 51 anos, ficou gravemente ferido e ainda está internado na Santa Casa. Já o passageiro da frente, Ramon Rudney Tenório Souza e Silva, 21 anos, foi levado para o hospital, mas já teve alta.

Na delegacia a primeira advogada que atendeu ao flagrante alegou que Diogo não viu o semáforo porque estava conectando o carregador de bateria no celular. Imagens da câmera de segurança da lanchonete da esquina flagraram o momento da batida. O administrador de fazendas nem tentou frear.

Inicialmente a perícia constatou que Diogo vinha entre 60 e 70 quilômetros por hora pela via. Testemunhas afirmaram à Polícia que desde que ele saiu da casa noturna Valley Pub, já dirigia de forma perigosa, avançando semáforos. O motorista que aparece nas imagens fugindo do local do acidente, mas que depois disse à Polícia ter retornado, afirma que o semáforo estava fechado para Diogo.

A caminhonete de Diogo está no pátio do Detran desde o dia do acidente. Ela passou por perícia na madrugada do dia 11 de fevereiro e como nenhum familiar do administrador compareceu ao local da morte de José Pedro, o veículo foi encaminhado para o local.

A defesa afirmou que prestou todo auxílio às vítimas do acidente, arcando com as despesas do translado do corpo de José Pedro e pagando indenização para o proprietário do Siena branco, o táxi que era dirigido por Sebastião Mendes da Rocha, 51 anos, que segue internado na Santa Casa.

Sobre o outro passageiro do veículo, Ramon Rudney Tenório Souza e Silva, 21 anos, o advogado manifestou que a família de Diogo tentou contato para auxiliar com as despesas, mas que não conseguiu falar com a mãe do rapaz.

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