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Capital

Defesa pede liberdade de Jamil Name e filho, suspeitos de liderar pistolagem

Os dois são apontados como os verdadeiros donos do arsenal apreendido com guarda municipal

Aline dos Santos | 28/09/2019 08:20
Jamil Name (de pijama e touca) foi preso em operação do Gaeco. (Foto: Valdenir Rezende/Correio do Estado)
Jamil Name (de pijama e touca) foi preso em operação do Gaeco. (Foto: Valdenir Rezende/Correio do Estado)

A defesa entrou na noite de sexta-feira (dia 27) com pedidos de habeas corpus no TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) para libertar os empresários Jamil Name, 80 anos, e Jamil Name Filho. Os dois foram presos na manhã de ontem na operação Omertà.

De acordo com o advogado André Borges, os empresários têm direito a responder em liberdade. “Entramos ontem à noite e por enquanto não tem nenhuma notícia de decisão”, afirma o advogado Renê Siufi, que também atua na defesa dos integrantes da família Name. O plantonista neste fim de semana é o desembargador Sideni Soncini Pimentel.

Segundo a decisão que ordenou as prisões, pai e filho são líderes de grupo de extermínio que atua em Campo Grande. “Constou ainda, que este verdadeiro grupo de extermínio, liderado pelos representados Jamil Name e Jamil Name Filho, é extremamente organizado e aparelhado, contando para tanto com agentes treinados, muitos dos quais integram as forças de segurança do Estado (da ativa e aposentados), que praticam os homicídios qualificados por meio de planos elaborados, os quais são executados de maneira meticulosa e detalhada, visando sempre a impunidade e a demonstração de força e intimidação por parte de tal organização criminosa”.

Ainda conforme a decisão do juiz Marcelo Ivo de Oliveira, da 7ª Vara Criminal de Competência Especial, os dois são os verdadeiros donos do arsenal apreendido em 19 de maio com o então guarda municipal Marcelo Rios.

O arsenal tinha o mesmo modelo de fuzil usado em três execuções. As vítimas foram Ilson Martins de Figueiredo (policial militar reformado e então chefe da segurança da Assembleia Legislativa), Orlando da Silva Fernandes (ex-segurança do narcotraficante Jorge Rafaat) e o universitário Matheus Coutinho Xavier (a suspeita é de que o alvo fosse seu pai, um policial militar reformado).

Os demais núcleos eram gerência (gerentes operacionais), atividade de apoio (logística, segurança e suporte) e execução (executores de homicídios). Das 23 pessoas com mandado de prisão, 19 foram localizadas.

As buscas em 21 endereços levaram à apreensão de documentos, computadores e R$ 160 mil em dinheiro. Também foram recolhidos pelas equipes cheques em nome de terceiros, armas dos calibres 38, 22 e 12, munições, aparelhos celulares, inclusive os conhecidos como “bombinhas”, que são descartados após o uso.

A operação foi realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), força-tarefa da Polícia Civil que investiga execuções na Capital, Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestros), Batalhão de Choque e Bope. Omertà é um código de honra da máfia italiana, que faz voto de silêncio.

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