Delegado executado com 6 tiros denunciou dois magistrados ao CNJ
As denúncias feitas ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) pelo delegado aposentado Paulo Magalhães, executado na semana passada, são sobre dois magistrados. A Polícia Civil, responsável pela investigação do assassinato, irá pedir cópias dos dossiês.
De acordo com o CNJ, as informações tramitam na Corregedoria do Conselho e são sigilosas. Por enquanto, não podem ser fornecidos detalhes como identificação dos juízes e onde atuam. O CNJ também não confirma se os alvos das denúncias são de Mato Grosso do Sul.
Paulo Magalhães foi morto com cinco tiros, no dia 25 de junho, em frente à escola da filha, na rua Alagoas, em Campo Grande. Ele iria buscar a menina no colégio quando foi executado.
O delegado aposentado era professor universitário e também tinha uma ONG (Organização Não- Governamental) onde fazia denúncias envolvendo o poder público. Ele chegou a publicar um livro sobre instalação de câmeras clandestinas na Penitenciária Federal de Campo Grande.
No livro “Conspiração Federal”, censurado após a publicação, cinco agentes penitenciários denunciavam a existência da gravação de encontros íntimos dos presos e inúmeras outras irregularidades no local, a mando de juiz federal.
Testemunhas do assassinato contaram que dois homens em uma moto se aproximaram do lado direito do carro dirigido por Paulo Magalhães e atiraram. Ele foi atingido por seis tiros de pistola 9mm. Imagens de câmeras de comércios mostram – não nitidamente – os executores na motocicleta.
Uma moto semelhante a utilizada pelos assassinos foi encontrada abandonada em um posto de combustíveis.