Dengue faz disparar atendimentos nos hospitais particulares
As 15.045 notificações de dengue registradas em Campo Grande neste mês de janeiro afetaram também os atendimentos na rede particular, apesar de a orientação ser procurar a rede pública, referencia no tratamento da doença. Em alguns hospitais, os atendimentos aumentaram 117% entre o mês de dezembro até o dia 26 de janeiro.
No Hospital da Unimed, em dezembro do ano passado foram atendidas 152 pessoas que apresentavam os primeiros sintomas da dengue. Já neste ano, as notificações passaram para 330.
Situação semelhante ocorre no Hospital do Coração, que mesmo com foco na cardiologia sofreu um aumento nos procedimentos para quem procura tratamento para o vírus transmitido pelo Aedes aegypti.
Por lá, os atendimentos aos casos suspeitos de dengue subiram de 1.200 em novembro, para 1.600 em dezembro até atingirem 2.040. Desses, 280 foram notificados e informados à Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) como suspeitos de dengue.
Esse aumento nos atendimentos é provocado reflete também nas equipes, que precisam ser reforçadas.
“A sobrecarga acontece pelos novos atendimentos e pelos retornos.”, disse a diretora do hospital, Sandra Helena
Andrade. A responsável revela que dos três médicos que atendem no pronto socorro, um foi direcionado exclusivamente para os pacientes com suspeita de dengue.
Foi no Hospital do Coração em que William Carpejani Júnior, 27 anos, morreu na semana passada na quarta-feira (23). Natural de Aquidauana, o universitário não resistiu a um procedimento de retira dos rins.
Na Capital, outras quatro mortes são investigadas pela Sesau. Dessas, a Secretaria de Estado de Saúde investiga quatro óbitos, mas ainda não confirmou nenhuma, além do caso suspeito de um adolescente de Nova Andradina.