Depois de Uber, mercado terá com aplicativo de carona paga para motos
Serviço ainda não tem data para iniciar operação, mas já está cadastrando mototaxistas e motoentregadores da capital.
Diante do “triunfo” de plataformas que oferecem transporte de passageiros por meio de aplicativos em Campo Grande, como Uber, o sistema está se expadindo para outras categorias de profissionais. Agora, é a vez de motoentregadores e mototaxistas utilizarem a tecnologia para prestação do serviço de "caronas pagas".
Pelo menos 50 profissionais de Campo Grande já estão cadastrados em uma plataforma específica para motocicletas – a K Moto Driver, que foi criada em Governador Valadares (MG).
“Teremos um serviço oferecido com qualidade, gentileza e também muita agilidade, nos mesmo moldes de aplicativos utilizados atualmente por veículos de 4 rodas”, explica o presidente da Applic (Associação dos Parceiros em Aplicativos de Transporte de Passageiros e Motoristas Profissionais Autônomos), Paulo CésarTeodoro Pinheiro.
“A proposta é dinamizar o mercado. A empresa está percorrendo todos os pontos de mototaxistas para divulgar o novo aplicativo e estimular os cadastros”, disse Paulo.
Diferente de outras plataformas, como Uber, cujo lucro do profissional está ligado ao rendimento por quilômetro rodado, o K Moto Driver cobra um valor fixo, de R$100 mensal, para o motorista se registrar na empresa. Será cobrado R$ 2,50 a partida e mais R$ 1 por quilômetro rodado.
Funciona nos mesmos moldes do aplicativo K-rona Gold, que iniciou a operação em Campo Grande no mês de abril.
Para incentivar a procura, a operadora vai oferecer uma espécie de “degustação” por 60 dias, e só emitirá boleto bancário 30 dias após o registro, com carência total de 90 dias. O cadastro para passageiros deverá ser aberto na sexta-feira, dia 2 de junho.
Regulamentação da atividade - Ainda sem data prevista, o aplicativo específico para mototaxistas e motoentregadores, quando iniciar as atividades em Campo Grande, ja estará sob os efeitos do decreto municipal que estabelece diretrizes a serem seguidas pelas OTTs (Operadoras de Tecnologia de Transporte).
O documento prevê que cada empresa terá que recolher 7% do valor definido por ela para o quilômetro rodado, a título de outorga. "Como o valor cobrado dos motociclistas é fixo, é a própria operadora que vai recolher tributo, sem oneração ao profissional parceiro", explica Paulo.
Ele ainda reforça que o decreto foi muito importante para acabar com a ilegalidade e clandestinidade do serviço na cidade, esclarecendo, ainda que o documento não irá exigir placa vermelha dos veículos. "É uma medida que terá de ser definida e sancionada pela Presidência da República", disse.