Desembargadores decidem nesta terça se assassino de Mayara vai a júri
Luís Alberto Bastos Barbosa é réu confesso da morte da musicista e afirmou à polícia que cometeu crime em um “rompante de raiva”
Desembargadores da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul devem decidir neste terça-feira (15) o destino de Luís Alberto Bastos Barbosa, de 29 anos - réu confesso do assassinato da musicista Mayara Amaral, em julho do ano passado em Campo Grande - e definir se ele vai ou não a júri popular pelo crime.
Desde que o crime foi enviado à justiça, uma verdadeira batalha para decidir que vara vai julgar Luís Alberto começou.
Inicialmente tratado como latrocínio - roubo seguido de morte - o caso foi enviado à 4ª Vara Criminal de Campo Grande. O inquérito policial foi analisado pelo juiz Wilson Leite Correa, que se considerou incapaz de julgar o réu por acreditar, assim como o promotor responsável pela vara, que o crime se tratava de feminicídio.
O processo passou então para o juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri. Ao contrário do colega, o magistrado seguiu a tese de investigação da Polícia Civil e defendeu que Luís matou Mayara de maneira premeditada, para roubar o carro e outros pertences dela.
Diante do embate, foi decretado conflito negativo de competência e o processo sobre a morte de Mayara foi enviado a 1ª Câmara Criminal do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). No mês passado, o desembargador Geraldo de Almeida Santiago determinou que analise e decisão de onde o réu será julgado aconteça na sessão nesta terça-feira (15).
Entenda - Mayara foi morta a golpes de martelo em um motel na madrugada do dia 25 de julho, e teve o corpo abandonado e carbonizado em uma estrada vicinal na região do Inferninho, na saída de Campo Grande para Rochedo.
Luís está preso desde o dia 27 de julho quando foi surpreendido por equipes da Polícia Civil, e preso em flagrante pela morte da musicista de 27 anos. Com ele foram encontrados vários objetos roubados da vítima no dia do crime - um notebook, um celular, um violão, uma guitarra, um aparelho amplificador e o VW Gol, modelo 1992, vendido por ele por R$ 1 mil.
Na data do flagrante, outros dois suspeitos de participação também foram presos, Ronaldo da Silva Olmedo, de 30 anos e Anderson Sanches Pereira. Após versões contraditórias, o suspeito acabou confessando que matou Mayara sozinho, durante uma discussão. Ele alegou ainda que estava sob efeito de drogas e teve um rompante de raiva.
Por conta disso, e pelas faltas de provas, o Tribunal de Justiça livrou Anderson e Ronaldo das acusações de envolvimento no assassinato.