Detento é encontrado morto dentro da Máxima; segundo caso em 24h
Perícia e Polícia Civil estão no local, apurando as causas da morte
Um detento foi encontrado morto na penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande na tarde desta sexta-feira (13). A informação foi confirmada pela a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), que não deu detalhes sobre as circunstâncias da morte.
Informações preliminares, extraoficiais, dão conta de que o preso seria Junior César Pietro, 41 anos, preso por tráfico de drogas. Perícia e Polícia Civil estão no local, apurando as causas da morte.
Este é o segundo caso de morte em presídios de Mato Grosso do Sul em menos de 24h. Outro caso ocorreu na tarde desta quinta-feira (12), - com a morte do detento Cristiano Carvalho de Mello, de 29 anos, que cumpria pena no Presídio de Segurança Máxima em Naviraí - cidade localizada a 366 km de Campo Grande.
Ele era apontado como integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital) e foi encontrado enforcado, segundo o site Tá Na Mídia Naviraí, com o pescoço enrolado em uma corda, amarrada na grade da cela 4, no pavilhão 6 da penitenciária.
Guerra – As mortes ocorrem em meio a guerra declarada entre PCC e o Comando Vermelho, em presídios de todo o país. Os presídios do Mato Grosso do Sul ainda não registraram conflitos graves entre as facções. Situação diferente da região Norte do país.
A guerra entre duas facções, que já matou mais de 100 pessoas no país, teria explodido em setembro do ano passado, depois de um “comunicado” que uma das facções emitiu, o “Salve Geral do PCC”, decretando o fim da aliança com Comando Vermelho.
O texto foi escrito a mão, na Penitenciária de Presidente Venceslau, em São Paulo, onde fica a cúpula do PCC. Possivelmente foi transportada por algum advogado ou visitante e enviado às prisões brasileiras dominadas pela facção. O “salve” se espalhou.
Desde as chacinas na região norte, os presídios do MS vivem clima de instabilidade. Um princípio de motim em Dourados (a 233 km de Campo Grande) e o assassinato de um detento na Máxima, foram alguns dos incidentes já registrados.
A Agepen afirma que a situação está sob controle em todo Estado. Já o Sinsap-MS (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de Mato Grosso do Sul) diz que está longe disto, e cobra medidas urgentes para evitar um massacre e garantir a segurança dos servidores.