Distrito de 3.800 moradores fica sem Samu para reforço de atendimento na Capital
Ambulância só se desloca a Anhanduí se o caso for considerado grave; população reclama
Localizado a 58 km da área urbana de Campo Grande, Anhanduí está sem viatura do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), o que deixa moradores preocupados com a rapidez no socorro em caso de emergência.
O distrito é acessado por meio da BR-163. A prefeitura informa que a viatura foi integrada à frota do Samu da Capital, mas que se desloca a Anhanduí se o caso for grave. Criado há 75 anos, o distrito tem 3.800 habitantes nas áreas urbana e rural.
“A população está com dificuldade por falta de Samu. Tinha uma viatura. Mas há alguns meses que as pessoas ligam e falam que está quebrado, que é para ir por recursos próprio. Tenho uma filha deficiente, autista e epiléptica. Ela tem crises de difícil controle e sempre precisa do Samu. E, agora, se precisar não tem. Eu fico aflita”, afirma a dona de casa Elaine Cristina Silva dos Santos, de 40 anos.
Questionada sobre a situação, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que a viatura que atendia a localidade foi integrada à frota do Samu que atende toda Campo Grande.
“No entanto, todas as ocorrências graves e de maior urgência da localidade estão sendo atendidas, sendo deslocadas viaturas para prestar o socorro. Não obstante, o serviço presta todas as orientações necessárias aos comunicantes a fim de assegurar a integridade da vítima. Sendo, em alguns casos onde é descartado o risco de morte ou maior gravidade, orientado o deslocamento até uma unidade de saúde por meios próprios”, esclarece a Sesau.
A secretaria destaca que a frota, recentemente, teve acréscimo de quatro veículos: duas ambulâncias e duas motocicletas, as chamadas motolâncias. A pasta aponta que há planos para comprar mais cinco viaturas, além de processo em andamento para locação de 10 ambulâncias.
Contudo, no Portal da Transparência de Campo Grande, o edital 220/2023, destinado à locação de viaturas para o Samu, aparece como suspenso desde 29 de novembro. A prefeitura previu gastar até R$ 1,9 milhão com o serviço. De acordo com o edital, um veículo era para cobrir área rural em Anhanduí.
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