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Capital

Dois anos após ser absolvido, agente penal volta a ser julgado por morte em show

Joseilton Cardoso matou a tiros Adilson Ferreira e foi absolvido pela Justiça, sob alegaçao de legítima defesa

Silvia Frias e Bruna Marques | 14/06/2022 09:15
Joseilton Cardoso (camisa e casaco) será julgado pelo crime ocorrido em 2017 (Foto: Henrique Kawaminami)
Joseilton Cardoso (camisa e casaco) será julgado pelo crime ocorrido em 2017 (Foto: Henrique Kawaminami)

Dois anos após ser absolvido, o agente penitenciário federal Joseilton de Souza Cardoso, 41 anos, será submetido a júri popular pela morte do pedreiro Adilson Silva Ferreira dos Santos, assassinado a tiros em 2017.

O crime aconteceu na madrugada do dia 24 de setembro daquele ano, no estacionamento do Shopping Bosque dos Ipês, por conta de discussão ocorrida durante show sertanejo.

Hoje, Joseilton Cardoso enfrenta o júri popular, em sessão da 1ª Vara do Tribunal do Júri, em Campo Grande.

Adilson Ferreira dos Santos foi morto aos 23 anos, durante briga com agente penal (Foto/Arquivo)
Adilson Ferreira dos Santos foi morto aos 23 anos, durante briga com agente penal (Foto/Arquivo)

Em decisão do dia 16 de agosto de 2019, o juiz da 1ª Vara do Tribunal do Juri, Carlos Alberto Garcete, que não levou processo ao júri popular, aplicando o artigo 415 do Código Penal (a competência do Tribunal do Júri é para julgar crimes contra a vida. Se não há crime, não há competência do júri e o juiz deve absolver).

A decisão foi baseada nas provas colhidas no decorrer do processo apontam que Joseilton agiu em legítima defesa. Cinco testemunhas que presenciaram a briga relataram que o agente estava ''apanhando muito'' quando efeituou o disparo que atingiu Adilson.

O advogado da família, porém, recorreu da decisão e o TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) determinou que o agente penal fosse submetido a julgamento.

O advogado José Roberto Rodrigues da Rosa, que representa o agente penal, disse que a tese será a mesma, a de legítima defesa. “Entendemos o inconformismo da família do falecido, mas as provas caminharam para isso”, disse. “Infelizmente meu cliente estava naquele dia no lugar errado e se encontrou com a pessoa errada, alcoolizada, e infelizmente o desfecho foi esse”.

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