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Capital

Dono de empresa atingida por incêndio alega prejuízos de R$ 300 mil

Proprietário está inconformado com a situação, pois as chamas começaram em terreno do Exército na quinta-feira

Richelieu de Carlo e Mirian Machado | 11/09/2017 11:29
Bombeiros combatem chamas que voltaram a atingir empresa no bairro Coronel Antonino. (Foto: André Bittar)
Bombeiros combatem chamas que voltaram a atingir empresa no bairro Coronel Antonino. (Foto: André Bittar)

As chamas que atingiram a empresa de materiais de reciclagem Progemix Resilix do Brasil Ltda, no bairro Coronel Antonino, durante praticamente todo o domingo (10), voltaram a surgir no local na manhã de hoje e, novamente, equipes do Corpo de Bombeiros foram mobilizadas para combater o incêndio.

O dono da empresa, que se identificou apenas como Borges à reportagem do Campo Grande News, disse que desde quinta-feira (7), quando o fogo estava em uma mata pertencente ao Exército, contatou os bombeiros com medo de que pudesse se alastrar até seu comércio, mas só teve sua solicitação atendida quando o estrago estava feito.

Borges alega que até o momento teve prejuízos de pelo menos R$ 300 mil com a destruição de 4 mil metros cúbicos de madeira, isso sem contar os outros materiais que também foram incendiados. Ele diz que sua empresa possui brigada de incêndio, porém não tinha o que fazer diante da proporção das chamas.

“Todo ano o terreno do Exército pega fogo e atinge a empresa, só que nunca tinha chegado a essa proporção. Nunca tivemos problema, e agora até agentes do Meio Ambiente vieram ver se tem problema”, disse Borges. Inconformado com a situação, ele afirma que vai processar o Exército para ser ressarcido dos prejuízos. “Tem que atacar o foco e o foco começou no terreno do exército”, dispara.

Borges diz que emprega 60 funcionários e não está preocupado apenas com os trabalhadores, mas com pedestres e carros que trafegam na Avenida Cônsul Assaf Trad, onde a fumaça pode atrapalhar a visibilidade dos condutores.

A versão do dono da empresa é corroborada por moradores que foram ouvidos pela reportagem tanto ontem quanto nesta segunda-feira (11). O cinegrafista Genilson Cruz, 46 anos, diz que todo ano a situação se repete e que algo deveria ser feito em relação a propriedade do Exército. “Acho que deveriam cercar o terreno”, defende.

A reportagem tentou contato com a assessoria do Comando Militar do Oeste, mas não obteve resposta.

Conforme informações do Corpo de Bombeiros, os militares ficaram até tarde da noite de domingo para extinguir as chamas na empresa. Não foi identificada a origem do fogo, e foram utilizados 15 mil litros de água e 12 militares, com a operação de duas ABTs e uma ATR, além de uma viatura comandante.

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