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Capital

Dono de frota, governo gasta R$ 486 mil em táxi aéreo e faz novo contrato

Segundo a administração estadual, contrato com a Amapil Táxi Aéreo é medida de prevenção

Aline dos Santos | 06/02/2019 10:56
Governo tem hangar próprio e frota de seis aeronaves e um helicóptero. Na imagem, um modelo da Embaer que pertence à Secretaria de Justiça e Segurança Pública.  (Foto: Kisie Ainoã)
Governo tem hangar próprio e frota de seis aeronaves e um helicóptero. Na imagem, um modelo da Embaer que pertence à Secretaria de Justiça e Segurança Pública. (Foto: Kisie Ainoã)

Mesmo com a frota aérea “em dia”, o governo do Estado fez licitação para locar aeronave por hora de voo. Lançado em novembro de 2018, com direito a duas sessões sem interessados, o pregão eletrônico foi vencido pela Amapil Táxi Aéreo Ltda, única participante.

No ano passado, a mesma empresa recebeu R$ 486.725,87 da administração estadual. Conforme  o Portal da Transparência, a maior parcela foi paga pela Segov (Secretaria Estadual de Governo e Gestão Estratégica): R$ 309.171,15. O restante foi desembolsado pelo Fundo Especial de Saúde (R$ 122.774) e Fundo de Investimentos Esportivos (R$ 54.779).

Segundo a assessoria de imprensa do governo, a contratação de horas de voos é uma medida preventiva, caso aeronaves do poder público estejam em manutenção.

Após dois resultados desertos (sem interessados), o pregão realizado em 15 de janeiro teve proposta inicial de preço de R$ 3.500 por hora de voo, valor que foi reduzido para R$ 3.325 pela Amapil. O resultado da licitação foi divulgado na última sexta-feira (dia primeiro de fevereiro).

De acordo com o tenente-coronel Rosalino Gimenez, coordenador do Hangar do Estado, que fica no Aeroporto Internacional de Campo Grande, o setor tem, atualmente, seis aeronaves e um helicóptero.

Portal da Transparência mostra que foram pagos R$ 486 mil em 2018.
Portal da Transparência mostra que foram pagos R$ 486 mil em 2018.
Aviões apreendidos ficam no hangar do governo e sempre levantam temor de desperdício de dinheiro público. (Foto: Kisie Ainoã)
Aviões apreendidos ficam no hangar do governo e sempre levantam temor de desperdício de dinheiro público. (Foto: Kisie Ainoã)

As aeronaves são usadas para transporte de passageiros, como o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), apoio a secretarias, transporte de órgãos para transplante e policiamento.

Cemitério – Ao lado das aeronaves do governo, chama atenção um ferro-velho de aviões apreendidos, rotineiramente confundido como patrimônio da administração estadual.

Gimenez conta que o Ministério Público fez vistoria e muitas pessoas fazem fotografias do local temerosas de que se trate de patrimônio público. Na lista de aeronave com pendências judiciais aparece o Cessna PT-JSL. Fabricado em 1974, ele foi aprendido em 2006 pela Polícia Federal por ser produto de furto.

Em  setembro de 1980, um Cessna com o mesmo prefixo caiu quando rumava para o Aero Rural, a queda foi próximo à avenida Eduardo Elias Zahran, em Campo Grande. O caso foi noticiado pelo jornal Correio do Estado.

Perto do Cessna, está um Embraer, com matrícula PT-NQJ, e fabricado em 1982. A aeronave consta nos registro da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) como propriedade de uma empresa de Corumbá.

Jornal Correio do Estado noticiou queda de aeronave com prefixo PT-JSL em 1980.  (Foto: Reprodução)
Jornal Correio do Estado noticiou queda de aeronave com prefixo PT-JSL em 1980. (Foto: Reprodução)
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