Em vários bairros, espera e atrasos para chegar ao trabalho nesta manhã

Trabalhadores e estudantes ficaram quase uma hora esperando ônibus nesta manhã. Quem saiu por volta das 6h de casa enfrenta além de muita espera, os ônibus lotados. Funcionários transporte coletivo de Campo Grande cruzaram os braços entre as 4h40 e 6h30, em protesto contra o não pagamento do reajuste salarial.

No terminal Nova Bahia, muitas pessoas entraram em contato para reclamar que os funcionários não deixavam os ônibus trafegar e que a unidade estava lotada. Quem ia ao trabalho normalmente nesta terça-feira (06) se deparou com a paralisação e reclamou da falta de informação.

Magno Galarga, 25, é auxiliar de limpeza do Atacadão. Ele trabalhou até às 5h e costuma pegar o ônibus às 6h, porém às 6h50 ele ainda estava no ponto da avenida Costa e Silva esperando o 070. Sua colega, Dirce Maria da Silva, conta que pega três ônibus e hoje, acha que só conseguirá chegar em casa por volta das 9h.

Na avenida Gury Marques, a trabalhadora Mariana Aparecida dos Santos pega todos os dias o ônibus da linha 063 (Moreninhas/Aero Rancho), às 6h15. Porém, hoje esperou até às 6h45 e nada. Preocupada, por entrar no trabalho às 7h, ela reclama da falta de aviso prévio.

No Paulo Coelho Machado também houve problemas. O estudante Mateus Martins Coelho, 16, pega ônibus às 6h20 na na avenida Cafezais, como ficou sabendo ontem do protesto decidiu ir às 6h para o ponto. Mas não adiantou. Só às 6h48 passou o primeiro ônibus, tão lotado que ele não conseguiu entrar.

A funcionária pública Dalva Nunes que mora no bairro Moreninhas, decidiu pegar carona com o irmão depois de ficar mais de 30 minutos esperando no ponto de ônibus. Ela que deveria estar no trabalho às 06h40, vai chegar pelo menos, 20 minutos atrasada. "Eu concordo com a paralisação dos motoristas, porque os ônibus são sucateados, tá tudo quebrado, quando eles passam no horário, estão lotados, impossível de entrar". (Colaborou Renata Volpe)