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Capital

Empresário que ameaçou jornalista vai pagar indenização de R$ 3 mil

Notícia no Campo Grande News após operação da PF, empresário fez ameaça de morte a diretor do jornal.

Humberto Marques | 10/05/2018 09:29
Fabrício Freitas é dono de empresa investigada por fraude. (Foto: Marina Pacheco)
Fabrício Freitas é dono de empresa investigada por fraude. (Foto: Marina Pacheco)

Investigado pela PF (Polícia Federal) por fraude no fornecimento de livros escolares, o empresário Fabrício Freitas vai pagar indenização de R$ 3 mil pela ameaça ao diretor do Campo Grande News, Lucimar Couto. Em 3 de maio de 2017, a empresa de Fabrício foi alvo da operação Toque de Midas e as suspeitas foram divulgadas em reportagens do jornal.

Dois dias depois, em 5 de maio do ano passado, o empresário veio à sede do jornal eletrônico. Fabrício foi atendido e sala da diretoria, passou a fazer ameaças, dizendo que iria matar o dono do jornal. “Vou meter uma bala na sua cara”, afirmou, antes de tentar agredi-lo, além de proferir várias ofensas que redundaram na queixa-crime.

A Polícia Militar foi chamada e Freitas foi levado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro, onde foi registrado boletim de ocorrência por ameaça.

Num dos procedimentos, o MP/MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) ofertou transação penal, um acordo oferecido em casos de crimes de menor gravidade (pena inferior a dois anos) e a quem não tem condenação anterior por crime com pena restritiva de liberdade.

Desta forma, Fabrício Freitas terá que pagar R$ 3 mil a uma entidade assistencial e não poderá, nos próximos cinco anos, obter esse benefício penal para impedir o prosseguimento de nova ação e de outras em curso.

Porém, ele já responde a outra queixa-crime originada no mesmo episódio, movida pelas vítimas, e estará impedido pela lei de fechar nova transação durante a vigência do novo acordo. Portanto, terá que responder o processo até o seu desfecho final.

Toque de Midas – O empresário figurava em 2014 como dono da Planeta ABC Soluções em Educação, um dos alvos da operação Toque de Midas, que foi realizada pela Polícia Federal para investigar fraude em licitações de livros didáticos e kits escolares pela prefeitura de Paranhos, a 469 km de Campo Grande.

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