"Encontre a luz", diz filha em despedida à mãe que morreu após dias de tortura
Francielli foi sepultada nesta sexta-feira (29) e autor do crime segue foragido
Francielli Guimarães Alcântara, de 36 anos, foi sepultada nesta sexta-feira (28), no Cemitério Jardim da Paz, em Campo Grande. Ela morreu na última quarta-feira (26) estrangulada pelo marido, Adailton Freixeira da Silva, de 46 anos, depois de ser torturada por 27 dias.
Nas redes sociais, uma das filhas de Francielli publicou foto de mãos dadas com o corpo da mãe no caixão e em despedida, ela disse: "Vai com Deus, encontre a luz e descanse em paz, ninguém mais vai te machucar porque Papai tá te cuidando, um dia a gente se encontra tá. Eu te amo demais".
A família pede por justiça e a polícia faz buscas por Adailton, que fugiu de casa, no Portal Caiobá, depois de matar Francielli, em uma moto Honda CD 300. Antes de ir embora do local do crime, Adailton falou para o filho adolescente, de 17 anos, que achava que a mulher tinha morrido, então pegou o capacete e saiu. Desde então, ele não foi mais visto.
Francielli era mantida em cárcere desde o dia 1º de janeiro junto com dois filhos, o adolescente de 17 anos e um bebê de 1 ano e 8 meses. Ela foi torturada com choques, pancadas na cabeça, perfurações pelo corpo, teve os dentes quebrados e cabelo cortado pelo marido.
Vizinhos contaram ao Campo Grande News que a mulher era vigiada 24 horas por dia e vivia com medo. Quando Adailton não estava em casa, ele cuidava o local através de câmeras, enquanto Francielli e os filhos estavam presos dentro da residência. O caso segue sob investigação da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).