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Capital

Enfermeiro é condenado por estupro de paciente

Caso aconteceu em fevereiro de 2021, durante pico de contaminação da covid-19 em Campo Grande

Por Gustavo Bonotto | 07/03/2024 22:57
Enfermeiro saindo do Coren após uma das oitivas. (Foto: Arquivo/Marcos Maluf)
Enfermeiro saindo do Coren após uma das oitivas. (Foto: Arquivo/Marcos Maluf)

A Justiça condenou o enfermeiro acusado de estuprar uma paciente no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, em fevereiro de 2021. A pena estipulada pela 4ª Vara Criminal de Campo Grande foi de oito anos e seis meses referente ao crime de estupro de vulnerável. A sentença foi lida em 1º de março, mas só foi divulgada à imprensa hoje (7) pois o processo correu em sigilo.

Embora condenado, o profissional de saúde poderá recorrer da decisão, uma vez que já respondia ao processo em liberdade. Em maio de 2023, ele foi absolvido durante audiência de processo disciplinar no Coren (Conselho Regional de Enfermagem). À época dos fatos, a defesa do enfermeiro alegou que só a palavra da vítima não era prova suficiente.

Durante a investigação criminal, os responsáveis pelas apurações dizem ter convicção de que o enfermeiro cometeu agressão sexual contra a paciente de 36 anos, que estava internada com covid-19. A denúncia foi feita pela mãe da vítima, quando a filha ainda estava recebendo tratamento na ala isolada do hospital.

Conforme relatou a paciente, depois de ter passado mal durante a noite do dia 3 de fevereiro, tendo vômito e falta de ar, ela notou quando o profissional de enfermagem começou ir ao quarto dela, durante a madrugada, passou a apertá-la e passar a mão em seu corpo.

Em determinado momento, o profissional de saúde retornou ao leito com “óleo de girassol”, passou nos dedos e começou a abusar da vítima. Mesmo debilitada, a paciente diz ter tentado resistir ao abuso como pôde, pedindo para o homem parar e sair de cima dela, mas ele insistia em passar a mão na virilha da paciente, enquanto pedia para ela “abrir as pernas”.

O homem repetia que queria masturbar a paciente e que não era para ela resistir, se não poderia “dar problema para ele”. Depois de ter alta, a mulher prestou depoimento e foi à Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) para fazer o reconhecimento do agressor. Ainda segundo os autos processuais, ao longo da investigação, foram ouvidas nove testemunhas.

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