Filho de ex-vereador morto diz que Mayara tocaria em missa de 7º dia
O cineasta Filipi Silveira abre o relato no Facebook com a frase: “Uma triste e trágica coincidência”
Em um post no Facebook, o cineasta Filipi Silveira, filho do ex-vereador Cristóvão Silveira, 65 anos, e de Fátima de Jesus Silveira, 56 anos, casal brutalmente assassinado, relata que a musicista Mayara Amaral, 27 anos, tocaria na missa de 7º dia dos pais dele, que aconteceu na noite terça-feira (25). Mesmo dia em que o corpo da jovem foi encontrado carbonizado, na região do Inferninho, na MS-080, na saída para Rochedo, em Campo Grande. Ele abre o relato com a frase: “Uma triste e trágica coincidência”.
“Na organização desta minha homenagem acabou faltando algo, uma pétala chamada Mayara Amaral. Um dia antes da missa perguntei se Mayara toparia tocar a música de Nando Reis. Ela topou e começou ensaiar no mesmo dia. No dia da missa, Mayara sumiu”.
A missa aconteceu. No entanto, o sumiço da musicista começou a se tornar em pesadelo, segundo Filipi. “Mayara não foi à missa porque também sofreu uma emboscada covarde e foi assassinada de um modo cruel e selvagem”, desabafa.
Ele completa a frase dizendo que os pais dele e Mayara eram humanos, porque acreditavam e confiavam em quem foram seus algozes. “Meus pais acreditavam no caseiro do sítio, Mayara confiava naquele que a beijava. Agora só nos resta que justiça seja feita rigorosamente. Quem sabe Mayara não tenha cantado 'Pra Você Guardei o Amor' para meus pais em outro plano”.
O ex-vereador e a mulher foram assassinados na terça-feira (dia 18), na chácara Bem-te-vi-, que fica na saída para Rochedo, na MS-080. O vereador e a mulher, encontrada seminua e com parte das pernas queimada, foram mortos a facadas. O caseiro da propriedade e os dois filhos dele estão presos pelo crime do casal Silveira. Já Mayara foi morta a golpes de martelo. Os suspeitos pelo crime também estão detidos.