Filho de presidente do TRE acusado de tráfico é transferido para clínica
Breno Fernando Solon Borges, de 37 anos, já foi transferido para clínica psiquiátrica. O empresário e filho da desembargadora Tânia Garcia Freitas Borges, presidente do TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral), é acusado de tráfico de drogas, armas e de participar de plano de fuga de um líder do crime organizado, mas conseguiu habeas corpus nesta semana.
Conforme apurou o Campo Grande News, Breno saiu no início da tarde desta sexta-feira (21) da Penitenciária de Três Lagoas.
A família pretendia levá-lo para tratamento em Atibaia, interior de São Paulo, mas pela ordem judicial, ele terá de ficar internado provisoriamente em clínica que fica em Mato Grosso do Sul.
A defesa conseguiu habeas corpus alegando que Breno é dependente químico e precisa tratar o vício.
Prende e solta – Flagrado com maconha e munições de uso restrito no Brasil, o filho da desembargadora foi preso no dia 8 de abril deste ano.
No dia 14 de julho, advogados de Breno conseguiram o primeiro habeas corpus, mas neste mesmo dia, ele teve a prisão preventiva decretada em processo que é acusado de ajudar a arquitetar plano de fuga de Tiago Vinícius Vieira, conhecido líder de organização criminosa, do Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, o presídio de segurança máxima de Campo Grande.
Até a madrugada desta sexta-feira (21), o acusado de tráfico permaneceria na prisão, mas uma nova liminar, concedida durante o plantão do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), determinou que ele tivesse a “prisão preventiva substituída por internação provisória em clínica médica”.
Droga e armas – Breno foi preso no dia 8 de abril pela PRF (Polícia Rodoviária Federal), em Água Clara – a 198 km de Campo Grande. Na ocasião, ele estava acompanhado da namorada Isabela Lima Vilalva e do serralheiro Cleiton Jean Sanches Chave.
Em dois veículos, o trio transportava 129,9 kg de maconha, 199 munições calibre 7.62 e 71 munições calibre 9 milímetros, armamento de uso restrito das Forças Armadas no Brasil.
Consta na denúncia, oferecida pelo Ministério Público Estadual, que “Breno era o mentor da associação e responsável pela tomada das principais decisões”. Já “Isabela figurava como auxiliadora do primeiro denunciado, instruindo-o, acompanhando-o e auxiliando-o naquilo em que fosse necessário”.